ATA DA CENTÉSIMA OITAVA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA, EM 07-11-2013.

 


Aos sete dias do mês de novembro do ano de dois mil e treze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada, respondida pelos vereadores Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Dr. Thiago, Elizandro Sabino, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Mario Fraga, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Reginaldo Pujol e Tarciso Flecha Negra. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Alberto Kopittke, Alceu Brasinha, Any Ortiz, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, Luiza Neves, Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mônica Leal, Pedro Ruas, Séfora Mota, Sofia Cavedon e Waldir Canal. À MESA, foram encaminhados: o Projeto de Lei do Legislativo nº 327/13 (Processo nº 2904/13), de autoria da vereadora Any Ortiz; o Projeto de Lei do Legislativo nº 315/13 (Processo nº 2819/13), de autoria do vereador Christopher Goulart; o Projeto de Lei do Legislativo nº 305/13 (Processo nº 2780/13), de autoria do vereador Delegado Cleiton; o Projeto de Lei do Legislativo nº 322/13 (Processo nº 2848/13), de autoria do vereador Valter Nagelstein; e o Projeto de Lei do Legislativo nº 346/13 (Processo nº 3073/13), de autoria do vereador Waldir Canal. Também, foi apregoado o Ofício nº 1346/13, do senhor Prefeito, encaminhando Mensagem Retificativa ao Projeto de Lei do Executivo nº 038/13 (Processo nº 2968/13). Ainda, foi apregoado o Memorando nº 069/13, do vereador Clàudio Janta, deferido pelo senhor Presidente, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo, do dia de hoje ao dia nove de novembro do corrente, na 7ª Conferência Internacional Bioma Pampa, no Município de Santana do Livramento – RS. Do EXPEDIENTE, constaram Comunicados do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação do Ministério da Educação, emitidos nos dias dois e vinte e três de setembro do corrente. Durante a Sessão, deixaram de ser votadas as Atas da Septuagésima Oitava, Septuagésima Nona, Octogésima, Octogésima Primeira, Octogésima Segunda e Octogésima Terceira Sessões Ordinárias. Na oportunidade, o senhor Presidente registrou o transcurso, hoje, do aniversário da vereadora Jussara Cony. A seguir, o senhor Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao senhor José de Jesus Santos, Presidente do Sindicato de Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre, que apresentou resultados de ações realizadas por essa entidade em prol da categoria que representa e da sociedade porto-alegrense. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Bernardino Vendruscolo, Elizandro Sabino, Nereu D'Avila, Reginaldo Pujol, Alberto Kopittke, Idenir Cecchim, Jussara Cony, Airto Ferronato e João Carlos Nedel. Na ocasião, foi aprovado Requerimento verbal formulado pela vereadora Mônica Leal, solicitando alteração na ordem dos trabalhos. Em continuidade, nos termos do artigo 206 do Regimento, o vereador Engº Comassetto manifestou-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Às quinze horas e trinta minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e trinta e um minutos. Após, foi iniciado o período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado, nos termos do artigo 180, § 4º, do Regimento, a tratar dos temas “Combate ao Câncer de Próstata” e “Fundação de Economia e Estatística: quarenta anos de atividades”. Em prosseguimento, foi iniciado o período destinado a homenagear a Fundação de Economia e Estatística. Compuseram a MESA: os vereadores Dr. Thiago e Airto Ferronato, presidindo os trabalhos; o senhor André Scherer, Diretor Técnico da Fundação de Economia e Estatística; e a senhora Marinês Sabino Grando, pesquisadora e economista. A seguir, o senhor Presidente concedeu a palavra, nos termos do artigo 180, § 4º, incisos I e II, ao senhor André Scherer e à senhora Marinês Sabino Grando. Em COMUNICAÇÕES, nos termos do artigo 180, § 4º, inciso III, do Regimento, pronunciaram-se os vereadores Dr. Thiago, Fernanda Melchionna, Engº Comassetto, Elizandro Sabino e Marcelo Sgarbossa. Após, o senhor Presidente concedeu a palavra ao senhor André Scherer, que agradeceu a homenagem prestada por este Legislativo. A seguir, foi iniciado o período destinado a tratar do tema “Combate ao Câncer de Próstata”. Compuseram a MESA: os vereadores Waldir Canal e Airto Ferronato, presidindo os trabalhos; os senhores Marcos Ferreira, urologista; e André Canal, Secretário Municipal Adjunto da Secretaria do Idoso; e a senhora Rosa Rutta, Superintendente do Instituto da Mama do Rio Grande do Sul – IMAMA. A seguir, o senhor Presidente concedeu a palavra, nos termos do artigo 180, § 4º, incisos I e II, ao senhor Marcos Ferreira. Em prosseguimento, foi ouvido número musical apresentado pelo Coral da Melhor Idade Ebenezer, sob a regência das maestrinas Leninha e Estelita. A seguir, foi instalada a Frente Parlamentar em Defesa do Idoso, a ser presidida pela vereadora Luiza Neves, assumindo como Vice-Presidente o vereador Waldir Canal e como Relator o vereador Mario Fraga. Em COMUNICAÇÕES, nos termos do artigo 180, § 4º, inciso III, do Regimento, pronunciaram-se a vereadora Luiza Neves e os vereadores Mario Fraga, Waldir Canal e Elizandro Sabino. Após, o senhor Presidente convidou a vereadora Luiza Neves a proceder à entrega, ao senhor Marcos Ferreira, de Diploma alusivo à presente solenidade, concedendo a palavra a Sua Senhoria, para considerações finais. Às dezessete horas e trinta e seis minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezessete horas e trinta e sete minutos. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o vereador Mario Fraga. Durante a Sessão, foram registradas as presenças, neste Plenário, das senhoras Ilma Truylio Penna de Moraes e Selma Ferreira da Rosa, respectivamente Presidenta e Vice-Presidenta do Sindicato dos Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas do Estado do Rio Grande do Sul – SINAPERS. Às dezessete horas e quarenta minutos, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Dr. Thiago, Bernardino Vendruscolo e Airto Ferronato e secretariados pelo vereador João Carlos Nedel. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelos senhores 1º Secretário e Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Quero daqui, Ver.ª Jussara Cony, dar os parabéns pelo seu aniversário. Parabéns por esta data! (Palmas.) Todos rogamos pelo seu pronto restabelecimento e aguardamos o convite para a festa de aniversário.      

Passamos à

 

TRIBUNA POPULAR

 

O Sr. José de Jesus Santos, presidente do Sindicato de Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre – Sindpoa – está com a palavra, pelo tempo regimental de 10 minutos, para tratar de assunto relativo aos resultados das ações realizadas em prol da categoria e sociedade porto-alegrense.

 

O SR. JOSÉ DE JESUS SANTOS: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores de Porto Alegre, é com muita satisfação que ocupamos, mais uma vez, este valorizado espaço da Tribuna Popular desta Casa para destacarmos a passagem do Dia do Hoteleiro e do Restauranteiro, que será comemorado, no Rio Grande do Sul, no próximo dia 9 de novembro, graças a iniciativa do então Ver. João Dib e do, então, Dep. Estadual Reginaldo Pujol, aos quais a nossa categoria é muito grata.

É nossa ideia também fazermos um breve relato de nossas atividades frente ao Sindicato de Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre neste ano de 2013. Achamos oportuno fazer esse tipo de reflexão nesta Casa, pois aqui é que reside a representação do nosso maior patrimônio, que é o nosso cliente, o povo de Porto Alegre. Um exercício que, ao nosso ver, também estimula as relações entre o setor público e o privado, no sentido de continuarmos trabalhando juntos para o bem da nossa comunidade.

O ano de 2013 manteve o ritmo de grande atividade no Sindicato dentro da sua missão que trata da representação, da integração e desenvolvimento do setor da hotelaria e gastronomia de Porto Alegre. Um ano que, infelizmente, ficará marcado por muitos acontecimentos que impactaram não apenas a comunidade gaúcha, mas toda a sociedade brasileira. O ocorrido em Santa Maria, no início do ano, marcou a nossa vida, nos encheu de tristeza e, assim, com a consciência da seriedade daquela tragédia, é que desenvolvemos as nossas atividades em 2013. Já na tradicional reunião-almoço, realizada no início do ano, com as Sras. Vereadoras e os Srs. Vereadores, tivemos a oportunidade de destacar que, desde 2010, o sindicato vem buscando uma legislação que desse não apenas mais agilidade nos processos, mas que fosse mais transparente, mais objetiva, mais clara e mais eficaz naquilo a que se propõe, ou seja, a segurança de frequentadores, dos nossos funcionários e dos proprietários. Neste ano, nos reunimos com a Prefeitura Municipal, por diversas vezes, para tratar do assunto. Estivemos diretamente com o Sr. Prefeito, José Fortunati, e com o Sr. Vice-Prefeito, Sebastião Melo, para tratar da questão. Participamos ativamente das dez audiências públicas para elaboração da nova lei de prevenção de incêndios, em pauta na Assembleia Legislativa do Estado. Estivemos em Brasília participando das audiências públicas para tratar das alterações das leis federais sobre o tema. E aqui, nesta Casa, também tivemos a oportunidade de mostrar nossa posição inúmeras vezes, notadamente por ocasião da votação do projeto das comandas, onde buscamos esclarecer aos senhores que não será com uma lei que regula a forma de pagamento de nossas empresas que a sociedade terá mais segurança.

Em verdade, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores de Porto Alegre, o resultado geral de tanto esforço, de mobilização tanto do Poder Executivo quanto do Legislativo, até o momento, é apenas um brutal engessamento de todos os processos. Ainda na segunda-feira passada, estivemos novamente na Prefeitura tentando achar uma fórmula para agilizar essa questão, que parece, meu querido Villela, que não tem fim.

Acreditamos que, em 2014, esta Casa não se furtará a ampliar o debate sobre esse tema de forma integrada, com uma visão estratégica, com vistas ao desenvolvimento do setor, fazendo a sua parte de forma inequívoca e completa.

Por outro lado, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, mantivemos o nosso planejamento, que trata da preparação da nossa categoria para a Copa do Mundo de Futebol: transformamos a sede da entidade num verdadeiro centro de treinamento de empresários e de trabalhadores voltados para a Copa, através de parcerias com o Governo Federal, Municipal e Estadual, e, com recursos próprios, estamos qualificando todo o segmento em várias áreas de interesse do grande evento. Uma das iniciativas na gastronomia foi uma parceria com o Sebrae, e, no dia 21 próximo, estaremos lançando um aplicativo para celular com a relação dos restaurantes da Cidade, com inúmeras funcionalidades, com o serviço completo para quem vai nos visitar durante os jogos da Copa.

Na hotelaria está acontecendo um fenômeno interessante, para o qual eu chamo a atenção dos senhores e das senhoras: se persistirem as taxas de ocupação verificadas na Cidade, medidas com base no cruzamento de aumento crescente da oferta com a demanda por unidades habitacionais, provavelmente, teremos uma baixa ocupação na rede de hotéis em Porto Alegre durante os jogos. Segundo os indicadores do sindicato e do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil, essa ocupação será em torno de 53% para Porto Alegre, mas, em Curitiba, por exemplo, a previsão é de 73%. A reversão desse quadro que, por um lado, mostra o forte quadro de investimentos do setor, passa necessariamente pelo aumento da vinda de turistas para a nossa Cidade, agora, no período da Copa e para sempre, Luis!

Neste sentido, quero ressaltar a importância da Frente Parlamentar do Turismo, desta Casa, e a necessidade de reforçarmos bandeiras importantes como: a criação de agência de promoção turística da Capital, a ampliação do Aeroporto Salgado Filho, o andamento do projeto do Centro de Eventos – que, aliás, já possui verba para ser iniciado –, a capitalização do fundo de turismo da Cidade, a partir da destinação de parte da arrecadação de impostos exclusivos do setor, a determinação de áreas turísticas a partir de regiões da Cidade com esta vocação. São apenas alguns exemplos de iniciativas que, certamente, ajudarão a Cidade a atrair mais eventos, mais turistas para a nossa querida Porto Alegre.

Ao finalizar este relato, quero agradecer o apoio de todos os senhores e senhoras, desta Casa, nas iniciativas que marcaram o trabalho do Sindicato de Hotelaria e Gastronomia, neste ano de 2013.

Mas, de antemão, já podemos anunciar que o Sindpoa, em 2014, continuará exercendo, com muita força, a sua representação de mais de dez mil empresas associadas em Porto Alegre e na Região Metropolitana.

Queremos dizer, também, que continuaremos engajados nas grandes questões da agenda da Cidade. É um compromisso nosso, principalmente no sucesso dos jogos da Copa do Mundo, persistindo no caminho que nos têm motivado sempre, que é de lutar para que a cadeia da indústria do turismo seja percebida pela população e pelas autoridades públicas como uma das indutoras do desenvolvimento econômico da Cidade e do Estado do Rio Grande do Sul. E o ano de 2014, da Copa do Mundo em Porto Alegre, é o momento para isso.

Certamente, todos estaremos juntos nessa empreitada. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, Presidente do Sindpoa, senhoras, senhores, demais autoridades, nossos cumprimentos. José de Jesus, tenho certeza absoluta, nós, também, enquanto parlamentares, desejamos a participação de todos os senhores aqui nesta Casa. Já se foi a época da participação da sociedade só nos momentos eleitorais. Já se foi! Por favor, venham, frequentem esta Casa, porque aí, também, com certeza, vamos nos conhecer melhor. Nós precisamos dos senhores, porque vocês serão elos entre nós e a sociedade, de um modo geral. Muitos, infelizmente, não sabem o endereço desta Casa. Por favor! Nós, homens de bem, que trabalhamos, estamos cansados de só ouvir críticas de grande parte do segmento da imprensa. Por favor! Parece que – os meus prezados colegas sabem disso – só vale a pena publicar as notícias ruins. Por favor, publiquem tudo, mas tudo!

O trabalho que os senhores desenvolveram aqui, nesta Casa – participando, trazendo as suas dificuldades –, foi importante para que pudéssemos tomar as decisões que tomamos. Eu não quero acreditar que alguém possa, um dia, trazer um projeto para esta Casa, Ver. Reginaldo Pujol e demais colegas, com a intenção de prejudicar este ou aquele. Nós temos muitas coisas que precisamos rever. Eu, inclusive, que sou autor de um projeto, aceitei e aceito sugestões dos senhores. Está ali, quando formos votar, que trata de disciplinar, de dar um pouquinho mais de atenção aos clientes dos bares e restaurantes, porque não podemos mais chegar num bar, jantar ou almoçar, e, depois, chegar no caixa e ouvir: “Não aceitamos cartão; só dinheiro”. Gente, ainda temos colegas dos senhores que agem assim. Então, só a união dos senhores com esta Casa está resolvendo essas questões. O que mais está ocorrendo – e não só aqui, mas em todos os lugares – são os assaltos, e as pessoas cada vez mais vão andar com menos dinheiro, com menos moedas. O cartão é a salvação de muitos. Nós não andamos mais com dinheiro no bolso – pouca gente usa isso –, mas, infelizmente, alguns segmentos, inclusive postos de gasolina, não aceitam cartão. Vamos combinar, isso é um serviço público também, vamos colaborar. Não quero nem dizer que alguém que não queira aceitar o pagamento com cartões que esteja querendo, vamos dizer assim, desviar alguma coisa ou esconder. Eu não quero nem levar para esse lado, mas também ninguém é bobo aqui. Agora, temos que trabalhar para atender à sociedade, para melhorar o atendimento da sociedade. Eu quero cumprimentá-los porque os senhores do segmento, foi o primeiro segmento a levantar apoio ao projeto da minha autoria que trata do parque temático e do folclore gaúcho. Meu Deus do céu, precisamos brigar para isso? Outro dia me ligaram aqui, me perguntaram e eu respondi, resumidamente, que se fosse baiano, defenderia as baianas como defendo a cultura gaúcha! É questão natural! E eu faço um desafio, eu vejo outras coisas, por exemplo, o Museu do Gaúcho, quero cumprimentar o Prefeito que sancionou o Acampamento Farroupilha durante a Copa do Mundo. Agora aguardamos o outro projeto que é o Memorial ao Chimarrão. Nós precisamos dizer o que é o chimarrão. O que é a erva-mate, pelo amor de Deus...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: ...me emociono quando falo da cultura e perco a noção do tempo. Olha, não é por nada, não me levem a mal, mas se fizerem uma pesquisa e mostrarem um pé de erva-mate e um pé de maconha, eu juro que 99% conhecem o pé da maconha, e 1% conhece o pé da erva-mate. Não estou dizendo que 99% usem e gostem da maconha, não é isso não, é que divulgaram isso, ao longo do tempo, de forma exagerada, qualquer notícia da maconha é uma fotografia colorida bem bonita, e o pé da erva-mate, da nossa sagrada erva-mate, que não é só do chimarrão, está nos refrigerantes, nos cosméticos, na alimentação... Meu Deus do Céu, eu fico imaginando se outro Estado tivesse a riqueza da cultura que nós temos aqui, o que eles fariam? Cultura distinta, em várias regiões do nosso Estado...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Elizandro Sabino está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ELIZANDRO SABINO: Sr. Presidente, Ver. Dr. Thiago; todos que nos assistem através do Canal da TVCâmara, prezados colegas Vereadores. Agradeço aos Vereadores Paulo Brum, Alceu Brasinha e Cassio Trogildo, porque estou falando, neste momento, em nome da Liderança do PTB. E também queremos nos associar aqui, Sr. Presidente, à manifestação que tem sido feita com relação ao Sindicato da Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre – Sindpoa, aqui sendo representado pelo seu Presidente, o nosso conhecido e querido José de Jesus.

Nós queremos fazer uma referência, especialmente, Jesus, no que diz respeito a duas bandeiras. Falo como Presidente da Frente Parlamentar de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, nesta Casa, que é uma Frente Parlamentar que tem agido, que tem atuado especialmente em diversas circunstâncias, mas podemos, hoje, neste momento, destacar duas questões pontuais: uma delas é a exploração sexual, comercial, de crianças e adolescentes. Diversas reuniões já foram feitas aqui com a Frente Parlamentar, e, justamente, temos, no Município de Porto Alegre, hoje, um plano municipal de enfrentamento à violência e exploração sexual de crianças e adolescentes. Reuniões têm sido feitas nesse sentido, já tivemos inclusive uma reunião com a Ministra Maria do Rosário, para tratar a respeito do enfrentamento dessa questão tão polêmica, tão necessária de ser vista com um olhar especial. E, naturalmente, as ações ainda necessitam ser cada vez mais focadas, cada vez mais potencializadas em se tratando das grandes necessidades com relação a esse tema. E eu quero enaltecer a ação do Sindpoa, porque aqui temos um dos cartazes que o Sindpoa tem disponibilizado, que fala exatamente o seguinte: “Exploração sexual e tráfico de crianças e adolescentes são crimes. Denuncie já”. (Mostra fotografia.) É uma parceria com o Ministério do Turismo e a Secretaria Especial de Direitos Humanos. Então, este cartaz, justamente, aqui com a parceria do Sindpoa, faz coro à ação da Frente Parlamentar de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, nesta Câmara Municipal. Nós temos que enaltecer ações como essa, e já temos falado, juntamente com o José de Jesus, nosso Presidente, que essa é uma iniciativa que deve, cada dia mais, evoluir, porque a rede hoteleira, os hotéis, motéis, bares, restaurantes devem divulgar, de forma ostensiva, esta campanha, que é a campanha da denúncia no que diz respeito à exploração sexual.

Outra grande celeuma, outra grande dificuldade que enfrentamos é a venda e o consumo de bebidas alcoólicas por crianças e adolescentes. Aqui nesta Casa já se realizam audiências públicas para tratar, em um fórum permanente, justamente da prevenção ao consumo de bebidas alcoólicas por crianças e adolescentes, um tema tão relevante.

Nesse sentido, também existe outra campanha, a do Sindpoa, com base nas previsões legais do ECA, que diz: “É proibido vender ou servir bebidas alcoólicas a crianças e adolescentes.” Aqui está o cartaz que traz essa proibição, essa vedação legal. (Mostra o cartaz.) Essa campanha é extremamente propositiva e importante para que, em situações de acesso de crianças e adolescentes a bares, lanchonetes, enfim, eles possam estar visualizando essa proibição legal. Assim, com toda a certeza, estamos nos unindo às ações de profilaxia, às ações de prevenção que devemos ter enquanto Legislativo, enquanto sindicato, parabenizando todos por elas.

Na última reunião da CCJ, Ver. Nereu – e aqui está o nosso Presidente, o Ver. Pujol –, eu ainda falava da importância da Comissão de Constituição e Justiça estar realizando os debates com a presença, muitas vezes, de sindicatos, trazendo o ponto de vista, trazendo a sua visão. E isso, é claro, enaltece, enriquece o debate nesta Casa seja qual for o tema, para que possamos agir e tomar decisões através do voto e das decisões do Legislativo para, ao cabo, trazer o melhor, o bem-estar para a sociedade porto-alegrense. Parabéns pelo trabalho, parabéns ao Sindicato, parabéns a todos que aqui estão! Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Nereu D’Avila está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. NEREU D’AVILA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Na realidade, eu fui informado que o dia dos restaurantes e similares é o dia 9, depois de amanhã, mas hoje, aproveitando a Tribuna Popular, V. Sas. nos dão a honra das suas presenças. O Ver. Sabino, que me antecedeu, traduziu muito bem as diversas campanhas que o Sindpoa vem realizando e a sua inserção nas comunidades. O pronunciamento do Presidente Jesus aqui foi muito importante, quando destacou diversas frentes de trabalho e de ideias, Presidente, muito bem elaboradas. Uma delas me chamou a atenção porque, em todas as cidades onde o turismo é bastante acentuado – e Porto Alegre não foge à regra –, existem catálogos de restaurante por ordem de importância. Aqui em Porto Alegre, que eu conheça, é só a revista Veja que tem um adicional em que alguns ilustres homens e mulheres de Porto Alegre que conhecem os restaurantes classificam, anualmente, aqueles que se destacam, mas eu creio que precisa de algo mais. Precisa de um livreto em que se classifique a possibilidade de segundo, terceiro lugares, e não só o que está em primeiro lugar naquele ano, eventualmente. Isso é importante porque todo turista, quando chega a uma cidade, faz as suas programações, visita a museus, teatros e uma série de outras iniciativas turísticas. Mas ele também gosta de frequentar bons restaurantes, de conhecer os preços do restaurante e também a sua culinária: se é cozinha italiana, se é cozinha árabe e assim por diante. Eu tenho notado que, em Porto Alegre, nesse item, ainda falta alguém, ou um conjunto de pessoas, ou o próprio Sindicato para estimular essa situação.

De resto, quero, em nome da Bancada do PDT, traduzir a alegria desta efeméride e cumprimentar a atuação do Sindicato. Há poucos dias, tivemos aqui um grande debate, uma grande celeuma e acabamos nos entendendo. Notou-se a democracia a pleno vapor: o ideário do Sindicato, a sua vontade, e a condição que a Câmara, naquele momento, desejava. Chegamos a um acordo razoável, o que mostrou que o diálogo é sempre o melhor caminho, porque a radicalização não leva a lugar nenhum, a não ser, eventualmente, ao Tribunal de Justiça, e aí é uma questão legal e constitucional. De modo que, então, eu quero estimular o trabalho que o Sindpoa vem fazendo, cumprimentar os seus membros efetivos, todos aqueles que compõem a sua Diretoria e os seus Conselhos. Quero também dizer ao Presidente Jesus que continue liderando bem essa importante facção gastronômica, hoteleira, uma propulsão que muito contribui com o desenvolvimento social e econômico das cidades, e Porto Alegre não pode fugir a esse desiderato.

Portanto, Presidente Jesus, leve o cumprimento da Bancada do PDT, da Câmara, que hoje acolhe e traduz o seu pronunciamento, que, repito, foi muito bom, foi muito construtivo, assim como o trabalho que vem desenvolvendo no Sindpoa. Um abraço, a Câmara, como sempre, está pronta para o diálogo. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, meus amigos do Sindpoa, caro José de Jesus, seu Presidente; Maria Isabel, Diretora do Sindicato, no nome dos quais eu homenageio todos os que aqui estão presentes e toda a categoria, que recebe hoje, mais uma vez, a oportunidade de ocupar esta tribuna para oferecer uma breve síntese das suas inúmeras atividades durante este ano. A expressão breve síntese não é um pleonasmo, nem tampouco uma figura de retórica. É que, realmente, a ação do Sindicato não comportaria ser integralmente colocada no espaço de tempo que aqui nós podemos conferir prazerosamente, Ver. Cecchim, para que se estabeleça essa relação cada vez mais profícua e mais fecunda entre as várias categorias profissionais – entre as quais ele se inclui – e a Câmara de Vereadores nesse relacionamento transparente de quem não teme ser confundido nas suas ações. A Câmara tem, ultimamente, pontuado exatamente por essa postura. Aqui as coisas são dialogadas, discutidas, debatidas, esclarecidas, votadas, enfim, equacionadas para o interesse público, o que, nem sempre, está do lado do reivindicante, mas que sempre haverá de estar presente nos debates quando se busca, efetivamente, uma solução.

Pessoalmente – bem lembrava o Ver. Nereu D’Avila – quando Deputado Estadual e atendendo a uma reivindicação da categoria, instituímos o Dia do Restauranteiro em todo o Estado. Obviamente, a Assembleia Legislativa irá, através do Deputado Paulo Borges, muito em breve, assinalar esse fato. Nós aqui também deveríamos fazer essa sinalização, mas, pela quantidade de atividades a que nós estamos sendo submetidos nesse pré-final de ano legislativo, os espaços diminuem. A ocupação da Tribuna Popular para essa manifestação do de Jesus, nessa síntese das atividades da entidade, é uma oportunidade para que nós não só reconheçamos o trabalho que o Sindicato vem desenvolvendo, mas que, sobretudo, estejamos mais uma vez colocando, de forma enfática, a abertura da casa ao diálogo, ao debate e ao encaminhamento da solução dos problemas. Há bem pouco foi aqui lembrado – por quase todos os oradores que se fizeram ouvir, inclusive o Presidente – o episódio das comandas, que eu entendo um belíssimo episódio porque, depois de muita discussão, muito debate, se saiu para uma solução que, certamente, muitos não acharão ser a melhor, mas que, eu tenho certeza, foi a possível dentro do contexto que se instalou. E, como aqui buscamos sempre o contexto positivo, exequível e realizável, não há outra coisa a fazer com relação a este episódio senão festejá-lo na sua existência. Por isso, Presidente Thiago e ilustre Presidente Jesus, tenho a grande satisfação de ocupar a tribuna, em nome do Democratas, cumprimentando a categoria pelo belo desempenho do seu sindicato, pela unidade integral da categoria em torno do mesmo, na convicção de que o Sindpoa – e eu tenho dito isso diretamente aos seus dirigentes e agora coloco agora aqui na tribuna – é um grande elefante que até há pouco tempo não sabia a força que tinha, Prefeito Villela, porque bares, restaurantes, hotéis, pensões, enfim, entidades vinculadas à gastronomia, nós temos milhares espalhados por Porto Alegre, desde a minha Restinga até a Ilha da Pintada, passando pela Zona Norte, pela Zona Leste, pela Zona Sul, enfim, em todo lugar existe alguém vinculado ao sindicato. Mobilizar, organizar, disciplinar, apoiar esse verdadeiro exército de empreendedores existentes em Porto Alegre é uma grande tarefa do sindicato, que não pode ser ignorada pela Câmara de Vereadores, onde temos, tanto quanto possível, retirada das nossas leis a expressão “obriga” para colocar, ao contrário, as expressões “faculta”, “libera”, “propicia”, “enseja” “estimula” a atividade produtiva, em favor da Cidade. Muito obrigado, Sr. Presidente. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ALBERTO KOPITTKE: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, muito boa-tarde a todos e a todas que nos assistem. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Não posso deixar de dar os nossos cumprimentos para a colega Ver.ª Jussara, que é a nossa aniversariante do dia e está retornando à Casa, de joelho novo, pronta para seguir na luta e nas corridas. Seja muito bem-vinda. Muita saúde, querida. Depois, o Sindpoa vai nos dizer onde é o lugar da dança, hoje!

Estimados colegas, agradeço à Ver.ª Sofia, ao Ver. Mauro, ao Ver. Sgarbossa e ao Ver. Comassetto pelo espaço de Liderança aqui do Partido dos Trabalhadores.

Cada vez que nós viemos para o plenário, creio que cada um faz uma avaliação das notícias do dia para trazer para o debate. E hoje, Ver.ª Sofia, eu acabei fazendo essa avaliação e eu fiquei positivamente chocado, caro Ver. Nedel, que tanto luta pelo turismo em nossa Cidade, pelo momento que estamos vivendo na nossa Cidade.

Como todos sabem, hoje, a Presidente Dilma anunciou e abriu o edital da famosa e lendária segunda ponte do Guaíba – uma obra que custará em torno de R$ 1 bilhão, Ver. Brasinha. Então, a ponte do Guaíba finalmente vai sair do papel.

E eu também recebi a notícia de que a BR 448 – e estive no lançamento da pedra fundamental com o Presidente Lula, há quatro anos – será inaugurada no dia 20 de dezembro, será a maior estrada dos últimos 20 anos, no mínimo, do nosso Estado.

Também vi nas notícias, hoje, que a primeira parcela para a restauração do Mercado Público foi liberada para o nosso Município – verba do Governo Federal.

Isso, sem falar, obviamente, das obras do Cais do Porto, que vão iniciar na terça-feira, numa ação em parceria com o Governo do Estado, com o Governador Tarso.

E o metrô, anunciado há 15 dias – essa grande parceria dos três entes.

Este, sim, é um momento espetacular para a nossa Cidade, que se engloba num momento do País, de crescimento. Obviamente que existem divergências legítimas, especialmente em relação à construção dos estádios, mas estamos chegando numa maravilhosa Copa do Mundo, e, logo em seguida, a uma olimpíada em nosso País. Há dez anos, esse conjunto de obras e eventos que eu citei seria apenas imaginação, sonho de alguns visionários, de alguns lutadores. Hoje, é realidade.

E, sem dúvida, um segmento que está na dianteira de tudo isso são os setores de gastronomia e hotelaria da nossa Cidade, que florescem todos os dias. Eu via, ontem, o projeto do hotel-boutique que teremos no Cais do Porto. Maravilhoso! São sonhos que vamos concretizando, eu já disse várias vezes para os colegas do Sindpoa que esses setores são o pulso da Cidade. Quer saber como uma cidade está, vá, à noite, nos seus bares, nos seus restaurantes. É óbvio que não posso deixar de comentar da luta que nós temos que fazer, sim, pelo tema da segurança pública. Este é o tema que eu, particularmente, trato e que, com certeza, nós temos muito que avançar, pensar, estruturar estratégias concretas que possam fazer a nossa Cidade ficar no patamar de uma cidade europeia, americana, com liberdade para caminhar à noite. Esse é o próximo desafio que o País vai vencer. Temos estabilidade, temos crescimento, inclusão e vamos agora vencer a violência. Meus cumprimentos a todos vocês que, mesmo em outros momentos de muita dificuldade, estiveram sempre empreendendo na Cidade, com as portas abertas nos momentos bons e nos difíceis. Minha saudação e que 2014 seja um ano de muito crescimento, um ano muito especial de Copa do Mundo; que todos os nossos hotéis, bares e restaurantes da Cidade estejam cada vez mais lotados para receber nossos visitantes e nossa população. Um grande abraço e parabéns. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores; Sr. Presidente do Sindpoa, demais componentes da mesa, o Sindpoa não é um sindicato que vem de vez em quando aqui na Câmara; é um sindicato tão presente que a Maria Isabel, sua diretora, é quase confundida com uma vereadora daqui; o Simonetti, todos são tratados com uma certa amizade, pelo comportamento do setor e pelas atividades, pelas atitudes do setor. Então, de Jesus, quando o sindicato vem aqui usar a Tribuna Popular, ele também vem aqui para trazer boas notícias para Porto Alegre. Foi o Sindpoa que trouxe aqui um planejamento estratégico, há pouco tempo, há dois ou três anos – parece pouco tempo, mas já teria dado tempo, por exemplo, de o nosso Cais do Porto estar mais adiantado. Por que o Cais do Porto está atrasado? E me permita contestar o Ver. Kopittke, que dá notícia atrasada. Sobre o Cais do Porto, há muito tempo, eu quero saber quem são as “laranjas espanholas” que estão lá? Eu não sei até hoje, o Governo do Estado não contou, quero saber quem são os sócios espanhóis? Já mudaram quarenta vezes, eu acho, mas o Sindpoa já tinha apresentado um planejamento estratégico para a Cidade. Então, de Jesus, cumprimentos pelo trabalho, enquanto isso também vou aproveitar para dizer que essa tal de inauguração da BR 448, em dezembro, espero que não seja a inauguração da BR 101, que já foi reinaugurada umas oito vezes, o Presidente Lula inaugurou no primeiro mandato, no segundo mandato – só inauguram, mas não terminam. O anúncio da ponte, eu não sei o que foi anunciado aqui há pouco, a segunda ponte do Guaíba, devo ter assistido durante trinta dias, no programa político da Presidente Dilma, anunciando a ponte do Guaíba. Que anúncio é esse que agora vai sair? Já devia estar pronta ou pelo menos iniciada, ou será que foi prometida há quatro anos, agora foi anunciada para terminar daqui a três anos e meio, vai dar três ou quatro eleições presidenciais. Acho que temos que nos cuidar muito com esses anúncios e com essas promessas, porque elas não estão fechando, tem que anunciar quando tem mesmo para fazer, quando a obra vai ser iniciada, quando vai ser feita a licitação. Agora estão liberados os recursos para o Mercado Público, está anunciado, não está liberado. Certamente faltam papéis, projetinhos e mais isso, mais aquilo, daqui a seis meses pode ser que o dinheiro esteja depositado. Então, uma coisa é anunciar para agradar, outra coisa é mostrar como está sendo feito. Espero que isso comece a acontecer mais seguido aqui, seguir o exemplo do Sindpoa, que trabalha todos os dias, que faz crescer o turismo todos os dias, que planeja todos os dias, e os empresários do setor que estão aqui não vêm anunciar só para o futuro, eles vêm aqui contar o que estão fazendo. E fazem muito. Obrigado pelo que vocês fazem todos os dias.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. MÔNICA LEAL (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a transferência do período de Grande Expediente de hoje para a próxima Sessão.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação o Requerimento de autoria da Ver.ª Mônica Leal. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. JUSSARA CONY: Em primeiro lugar, eu queria cumprimentá-lo, Sr. Presidente, cumprimentar todos os meus colegas e agradecer a possibilidade desta volta, já ao fim da licença para tratamento de saúde, e o carinho de vocês pelo dia do meu aniversário. Deu a casualidade, e sempre serei grata a esta Casa por esse tipo de relacionamento que temos aqui. Nós nos relacionamos no patamar mais elevado da política, da amizade e do respeito. Então, muito obrigado a todos vocês por me proporcionarem este retorno.

Eu acho que, no momento importante em que nós temos a possibilidade de uma Tribuna Popular em que nos sentimos homenageados pela presença do Sr. José de Jesus Santos, Presidente do Sindpoa, de vocês aqui – diretoria e sindicalizados –, ao mesmo tempo, gostaríamos de, através das nossas lideranças de Bancada e da participação de todos, retribuir essa possibilidade de ouvi-los trazendo um relatório das atividades, um relatório dessa inserção, como sindicato, no mundo do trabalho, e essa inserção também na cidade de Porto Alegre, no Estado do Rio Grande do Sul, embora seja um sindicato de Porto Alegre. Mas Porto Alegre é esse centro irradiador, nós estamos tendo essa oportunidade, exatamente, numa Cidade que é sede do Fórum Social Mundial. Uma cidade que, na nossa concepção, da Bancada de PCdoB – e faço essa homenagem em nome do Ver. João Derly –, é um centro estratégico do Mercosul. E nós sabemos disso, os senhores sabem disso, sob o ponto de vista do desenvolvimento, sob o ponto de vista político, sob o ponto de vista da cultura.

Eu queria, então, nesta homenagem que a nossa Bancada faz, dizer que há questões que são fundamentais e que constam no relatório e no dia a dia de vocês e também no nosso. Nós precisamos avançar, nesse conjunto e nessa unidade, na ampliação dos espaços noturnos da cidade de Porto Alegre, com a Segurança pública que o Ver. Alberto Kopittke há pouco colocou aqui. São espaços de lazer, nós temos que valorizar esses estabelecimentos porque nós estaremos valorizando a própria cultura gaúcha, os seus atores culturais. Porque os nossos espaços, isso é uma coisa muito nossa, são espaços de gastronomia que abrem espaço para a cultura de um modo geral, não só o lazer, não só os músicos, mas para a arte, para a escultura, para a pintura. Em quantos e quantos restaurantes nós vemos obras de arte de pinturas, os nossos músicos, a dança gaúcha. Então, ao valorizar, e essa é uma das questões fundamentais que vocês colocam, nós estamos valorizando a própria cultura. E a nossa cultura gastronômica tem uma riqueza enorme, porque o Rio Grande do Sul, assim como o Brasil, é fruto de três raças que nos conformaram e aqui aportaram. Muitas etnias também, no sentido de contribuir com a nossa gastronomia. Eu creio que é um momento importante também, porque isso faz parte do desenvolvimento da nossa Cidade, do nosso Estado, do nosso País, assim como é a geração de emprego e renda, assim como é o preparo em alto nível para os eventos. Vamos sediar agora quantos eventos!

Então, estar na Câmara Municipal – não falei nem no turismo, o significado do turismo, a referência que o Rio Grande do Sul que é –, hoje, num dia como este, podendo ouvi-los, nesta Tribuna Popular, e, ao mesmo tempo, ouvi-los reafirmar os nossos compromissos, e mais do que isso, dizer do significado de podermos homenageá-los, para nós é uma contribuição valiosa, que unidade podemos estar dando a Porto Alegre e ao Rio Grande do Sul.

Eu finalizo insistindo mesmo: precisamos valorizar os espaços de cultura, de poesia e de lazer! Vocês estão na Feira do Livro, que já começou, e, amanhã, graças a Deus, mesmo estando em cadeiras de rodas, vou poder estrear na banca da nossa Câmara Municipal, no espaço em que vamos apresentar o grupo Viva Palavra, ao qual pertenço, que é coordenado pela poetisa Zaira Cantarelli. Vamos poder ter um sarau espetacular, amanhã, às 19h, com música, dança, interpretações de poesias através do balé, da dança, do teatro. Eu digo isso porque em torno dessas ligações, dessas conformações culturais está a nossa cultura gastronômica.

Parabéns! Precisamos valorizar esses espaços. Vocês podem contar com a Bancada do PCdoB porque não entendemos desenvolvimento do País sem a preservação da sua cultura em todos os seus aspectos, porque isso é um fator de soberania nacional. É um prazer poder ter voltado hoje e poder homenageá-los em nome da Bancada do PCdoB. Obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Caro Presidente, Ver. Thiago; nosso amigo Presidente Jesus; senhoras e senhores que estão conosco na tarde de hoje; para mim é uma satisfação falar imediatamente após a amiga e Ver.ª Jussara, nossa aniversariante, e dizer do carinho todo especial que todos nós temos pela nossa querida Vereadora. Falo em meu nome, em nome do meu companheiro de Partido, Ver. Paulinho Motorista e do nosso Partido, o PSB. Falo sobre a importância de estar conversando com a Direção do Sindpoa e com todos os visitantes que estão conosco. Mais uma vez, digo aquilo que todos já disseram: a importância do sindicato no contexto de Porto Alegre, do Estado, mas também essencialmente a importância das senhoras e senhores filiados ao sindicato e que atuam nessa área tão importante para a Cidade.

Vejo aqui o Ver. Cecchim, que foi meu colega de turma; estudamos na Faculdade São Judas Tadeu. E vejo o sempre Vereador, que está conosco também, aqui em Porto Alegre, o Nelcir Tessaro. Eu lecionava na Faculdade São Judas Tadeu, em 1988, Ver. Cecchim, quando me candidatei pela primeira vez, e lá os professores e alunos me perguntaram: “Mas, Ferronato, qual é a tua proposta?” E eu, em 1988: “Nós vamos trazer o metrô para Porto Alegre, para passar na frente da Faculdade”. Pois isso está se concretizando hoje, 25 anos depois. É claro que aquela minha proposta não era a definitiva, mas eu quero registrar que, em 1988 e muito antes disso, já se falava do metrô em Porto Alegre.

A segunda questão é que, em 1988, me elegi pela primeira vez, e, em 1989, aqui na Câmara – e eu já disse isso –, participei de muitas reuniões em que se mostravam desenhos, maquetes, propostas, a arquitetura financeira para o Cais Mauá. Em 1988, o metrô; em 1989, o Cais Mauá, que começa a obra na semana que vem.

Então, tivemos avanços, sim. Por isso eu quero dizer da importância dessas nossas disputas, que sempre mantiveram juntos – o Sindpoa e seus associados – nessa conquista.

Portanto, aquela exposição que o Presidente traz aqui, das ações realizadas, merece, sim, a nossa reverência toda especial.

E quero registrar que lá em 2009, 2010, enquanto Presidente da Comissão da Copa, aqui na Câmara, começou a surgir a notícia de que o Centro de Eventos poderia ser construído em um dos postulantes, Esteio, e nós fizemos uma reunião na Câmara onde colocamos claramente que Porto Alegre é a referência de centro de turismo de eventos. Então, o Centro precisava e vai estar em Porto Alegre. Fiz isso para mencionar coisas de 25 anos atrás e coisas muito recentes. Se eu falo de coisas de 25 anos atrás e de coisas muito recentes, eu preciso conversar também, muito rapidamente, sobre uma notícia que eu li hoje sobre o Tribunal de Contas da União. Eu tive a feliz oportunidade de trabalhar na contabilidade pública, na auditoria, por muitos anos, na União e também no Estado, então é uma matéria da qual sou professor. Anuncia-se para este final de mês, início do mês que vem, a entrega da parte da BR 448, em dezembro. E, hoje, eu leio que o Tribunal de Contas da União, meus companheiros e colegas, alguns meus alunos, dizem que vão paralisar a obra por causa do sobrepreço. Mas será que se deixa para fazer isso uma semana, 20 dias depois, antes da conclusão da obra? Pelo amor de Deus, que o Tribunal de Contas oriente! Oriente! Agora, tomar uma medida dessas no trecho que está em conclusão, seria equivocado, vamos estar juntos nessa luta também. Um abraço a todos vocês e parabéns pela presença conosco nesta tarde. Por quê? Porque estamos tratando aqui de turismo, turismo é um evento e, antes de mais nada, é também economia e muito social. Um abraço, obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Ilustre Presidente, Ver. Dr. Thiago; Sr. José de Jesus dos Santos, Presidente do Sindicato da Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre e sua equipe que está toda aí e que nos honra com a sua presença, falo em nome da Bancada do Partido Progressista, na sua totalidade aqui, composta pelo Ver. Guilherme Socias Villela, pela Ver.ª Mônica Leal e por este Vereador, Presidente da Frente Parlamentar do Turismo e em nome do Ver. Waldir Canal, Vice-Presidente da Frente Parlamentar. Quero, inicialmente, cumprimentar pelo Dia do Hoteleiro e do Restauranteiro; parabéns a todos, cumprimentos e os agradecimentos da Câmara de Vereadores e da Frente Parlamentar pela colaboração forte que temos recebido.

E, você, Jesus, vem aqui relatar as atividades, e, também, lembrar dos objetivos, das necessidades do nosso turismo de Porto Alegre, da agência de promoção turística, da ampliação da pista do nosso Aeroporto, da construção do Centro de Eventos e Convenções, da criação e fortalecimento do Fundo do Turismo, das áreas turísticas especiais e do terminal turístico rodoviário.

Faço votos que o setor se fortaleça cada vez mais, que os hotéis tenham sempre a sua ocupação acima dos 70%, no mínimo. Também a Ver.ª Mônica Leal nos traz uma preocupação que é com relação à segurança. Nós temos tomado conhecimento diariamente de problemas de segurança dos hotéis e restaurantes. Recentemente, tivemos o quarto arrastão em oito dias. Temos pessoas na família que tiveram a bolsa roubada em restaurante, por oportunistas, por ladrões. Há uma preocupação muito grande com a segurança para a nossa Copa. Nós temos que também colocar de sobreaviso as autoridades para que também tomem medidas que protejam turistas e os frequentadores dos restaurantes e hotéis.

Os ladrões estão cada vez mais agressivos. Agora, fizeram um arrastão em pleno Centro da cidade de Porto Alegre, não são em locais ermos, são no Centro Histórico de Porto Alegre. Então, fica essa grande preocupação, especialmente salientada pela Ver.ª Mônica Leal, que é a especialista em segurança desta Casa. Mas quero lhe dizer também que, ontem, esta Casa aprovou o projeto que incentiva a conclusão dos prédios inacabados no Centro Histórico, que é realmente um passivo histórico na nossa Cidade e que deve ser superado. Então esta Casa está dando a grande chance de completar esses prédios inacabados que estão enfeando e preocupando o nosso turista e, também, a população.

Cumprimentos pelo Dia do Hoteleiro e do Restauranteiro! Sucesso ao nosso Sindpoa, que continue sempre colaborando com o futuro e com o bem da nossa Cidade, e também trazendo sempre contribuições a esta Casa. Parabéns e muito obrigado!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado, Ver. Nedel.

O Ver. Engº Comassetto está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. ENGº COMASSETTO: Sr. Presidente, venho aqui em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores trazer um abraço e, ao mesmo tempo, o carinho que temos, com certeza, pelo Sindpoa e pelo trabalho que desenvolve na cidade de Porto Alegre, afinal de contas, o Sindpoa representa aqueles que recepcionam quem nos visita. É claro que nós precisamos, no dia a dia, fazer com que a nossa Cidade seja cada vez mais bem preparada, trabalhada e organizada. E o Sindpoa se faz presente aqui nesta Casa em todos os momentos em que temos debatido grandes temas que dizem respeito à construção da Cidade.

Agora, temos um grande desafio, que, inclusive, no último café que lá realizamos, veio à tona com força, que é conquistarmos o Centro de Eventos do Rio Grande do Sul em Porto Alegre, e todos aqui sabem que, particularmente, defendo que seja naquela área em frente ao Aeroporto, onde parte é do Trensurb, onde tem um grande largo. É uma área considerada no coração da infraestrutura e da logística do Rio Grande do Sul.

Conte com a nossa Bancada, continuaremos debatendo. Quero registrar novamente aqui que aprovamos no Plano Diretor a criação de zonas de entretenimento cultural em Porto Alegre. Precisamos regularizá-las para que Porto Alegre tenha esse espaço que a maioria das capitais ou das grandes Cidades do mundo têm. Um grande abraço, muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Sr. José de Jesus Santos, Sindpoa, é uma satisfação recebê-los aqui na Câmara de Vereadores, estejam presentes e cada vez mais presentes nas nossas discussões porque, sem dúvida nenhuma, vocês nos trazem o reflexo e o pensamento de um setor muito importante para a Cidade. Continuem sendo sensíveis às nossas proposições também, porque, sem dúvida nenhuma, o que nós todos queremos é o bem comum, é o bem de todos naquilo que todos têm em comum. Então, esta Casa é de vocês; que possamos cada vez mais caminhar para uma Cidade melhor. Muito obrigado, parabéns pelo dia de vocês no dia 09, esta Casa está sempre aberta.

Agradecemos a presença do Sr. José de Jesus Santos, Presidente do Sindicato da Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre. Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h30min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago – às 15h31min): Estão reabertos os trabalhos.

Passamos ao período temático de

 

COMUNICAÇÕES

 

Hoje, este período é destinado a debater sobre os 40 anos de atividade da Fundação de Economia e Estatística – FEE, trazido pelo Sr. André Scherer, que representa a Entidade.

Convidamos para compor a Mesa: o Sr. André Scherer, Diretor Técnico de Economia; a Sra. Marinês Grando, pesquisadora e economista. Agradeço a presença dos servidores da Fundação.

O Sr. André Scherer está com a palavra.

 

O SR. ANDRÉ SCHERER: Agradeço as palavras do Ver. Thiago, e agradeço muito em nome da Fundação de Economia e Estatística por esta oportunidade e pela felicidade de estar aqui neste evento que marca a comemoração dos nossos 40 anos de atividades. A Fundação de Economia e Estatística se sente honrada por esta homenagem da Câmara Municipal de Porto Alegre e da cidade de Porto Alegre, neste momento, que é bastante significativo para nós e que representa o reconhecimento pela importância do trabalho dessa instituição ao longo desses 40 anos.

Em nome do Presidente Adalmir Marchetti, que não se encontra hoje, em nome dos funcionários que ali estão, mais uma vez, eu agradeço por esta oportunidade e por este reconhecimento.

Para fazer uma breve exposição sobre a trajetória da Fundação de Economia e Estatística nesses 40 anos, eu convido para falar a Marinês Grando, que é economista da Fundação de Economia e Estatística e representante dos funcionários neste evento e da comissão que organiza as festividades dos nossos 40 anos.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Sra. Marinês Grando está com a palavra.

 

A SRA. MARINÊS GRANDO: Então, eu vou apresentar um síntese da trajetória da FEE – Fundação de Economia e Estatística, uma instituição de pesquisa vinculada à Secretaria do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. A FEE foi instituída em 13 de novembro de 1973, substituindo o antigo Departamento Estadual de Estatística. Na verdade a FEE resulta de uma série de alterações estruturais e institucionais pelas quais passaram os diferentes órgãos de estatística do Rio Grande do Sul, desde a época do Governo Provincial.

A FEE foi criada sob a égide do planejamento, que era uma preocupação à vida dos governantes dos anos de 1970. Para planejar era necessário construir um órgão que, além de armazenar as estatísticas coletadas, como já fazia o Departamento Estadual de Estatística, também pudesse elaborar estatísticas e tratá-las para depois produzir diagnósticos, análises e projetos, permitindo que o planejamento, então, municiado e fortalecido trouxesse uma substancial contribuição ao desenvolvimento.

Dentro desse espírito, foi criada a FEE com a atribuição estatutária de realizar estudos, pesquisas e análises sobre a economia do Estado e elaborar estatísticas com vistas a subsidiar o processo de tomada de decisões por parte dos setores de atividades tanto pública como privada.

São duas as grandes áreas de atuação da FEE: análises socioeconômicas e estatísticas socioeconômicas. Paralelamente, opera com outros tipos de atividades que dão suporte a essas duas áreas, como processamento de dados, editoração de textos e a área de documentação.

As primeiras tarefas assumidas pela equipe de jovens pesquisadores recém-saídos da universidade, na recém-criada Fundação, foram a de realizar uma análise global tão abrangente quanto possível da economia do Rio Grande do Sul em seus diferentes setores e, simultaneamente, a de montar o Sistema de Contas Regionais. Os trabalhos analíticos resultantes foram publicados, ao longo dos anos 70, na série intitulada “25 Anos de Economia Gaúcha”, subdividida em oito estudos dando uma visão global de toda a economia do Rio Grande do Sul e seus diferentes setores. Chamo a atenção que essa série é considerada como o primeiro estudo com uma interpretação teórica sobre a economia gaúcha elaborada de uma forma densa, consistente, por um grupo de pesquisadores gaúchos. Esse estudo veio a ser uma referência para os estudiosos da área.

Paralelamente, ao mesmo tempo em que se desenvolviam esses estudos, se formava a área produtora de estatística, dando início ao setor estatístico mais tradicional da FEE, que é o da Contabilidade Social. Efetivamente, o Sistema de Contas Regionais do Estado foi sendo gradativamente estruturado para instrumentar as análises que eram dificultadas, até então, pela falta de estatísticas derivadas. Este trabalho também é considerado um marco de referência inteiramente novo para equacionar questões estaduais. Mas, como sucessora do antigo Departamento Estadual de Estatística, a FEE herdou a incumbência de divulgar dados coletados. Ainda que até hoje não exista nenhum dispositivo legal que a institua como o órgão central de estatística do Estado, a FEE acaba funcionando – de fato – como a depositária de grande parte desse tipo de dados.

Ainda no ano de 1973, duas publicações foram lançadas. A revista Indicadores Econômicos FEE, com periodicidade trimestral, voltada para a divulgação de análises socioeconômicas de caráter conjuntural e a revista Indicadores Sociais, com periodicidade anual. A revista Indicadores Econômicos foi mantida durante esses 40 anos de forma ininterrupta. A revista Indicadores Sociais foi pioneira no Brasil, no gênero, voltada para os problemas de natureza social. Após cinco anos, ela deixou de ser editada, mas a produção de indicadores sociais foi continuamente desenvolvida de forma ampliada e aperfeiçoada e os resultados são divulgados por outros meios.

No ano de 1981, foi criada uma nova revista, a revista Ensaios FEE, com periodicidade semestral, foi criada para disseminar o conhecimento produzido de caráter predominantemente teórico da instituição. Ela também é editada até hoje. Além de divulgar o debate econômico e sociológico dos pesquisadores da FEE, a revista Ensaios divulga artigos de pesquisadores de outras instituições nacionais e também estrangeiras. No limiar dos anos 1980, para dar conta da problemática da “década perdida”, como ficou conhecida a década de 1980, a FEE encontrava-se com várias frentes de trabalhos analíticos, organizados em duas áreas, as análises estruturais e as análises conjunturais.

Desde então, as análises da macroeconomia nacional e regional, mais a mensuração do Produto Interno Bruto – PIB, mais a produção de estatísticas vitais para a compreensão do comportamento da economia gaúcha passaram a ter prática continuada. Isso faz parte da rotina dos trabalhos da instituição.

A crise vivenciada nos anos 1980 trouxe um novo desafio para a FEE, o de repensar a economia gaúcha com novos parâmetros teóricos, para incorporar a dimensão das mudanças que estavam ocorrendo. No final da década, foi retomada a tradição de grandes trabalhos conjuntos, que originou, então, o estudo que se intitulou A Economia Gaúcha e os Anos 80: Uma Trajetória Regional no Contexto da Crise Brasileira, voltado à repercussão da crise nos vários setores da economia gaúcha. Seguiram-se, nessa mesma problemática, mais dois estudos nos anos 1980: A produção gaúcha na economia nacional (1983); A economia gaúcha e os anos 80 (1990).

Nos anos 90, houve a modernização do processo de trabalho na FEE com a introdução da microinformática e de novas tecnologias que marcaram o campo das telecomunicações, e isso exigiu importantes modificações na composição do quadro técnico da instituição. A partir daí, criaram-se as condições para a formação do banco de dados, que se chama FEEDados. É um banco de dados que esta sendo continuamente ampliado e contém um vasto conjunto de informações socioeconômicas relativas ao Rio Grande do Sul e a todos os municípios gaúchos.

Ainda na década de 90, em parceria com o DIEESE e a Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social, foi implantada na FEE a Pesquisa Emprego e Desemprego, conhecida como PED. Essa pesquisa tem uma base de pesquisa domiciliar que é feita todos os meses e que vem sendo realizada desde 1991, no âmbito da Região Metropolitana de Porto Alegre. Os resultados desse trabalho são publicados no Informe PED mensal, no Informe PED anual e na revista Mulher e Trabalho.

Data também do ano de 1991, a edição do primeiro número da Carta de Conjuntura FEE, uma publicação mensal que tem por objetivo analisar as questões relevantes da conjuntura econômica nacional e regional.

No campo da investigação, a FEE manteve-se dedicada à compreensão da dinâmica da economia e do desenvolvimento do Rio Grande do Sul sempre dentro de uma totalidade maior, mas, nos anos 1990, foi necessário transladar-se para uma dinâmica da economia brasileira para a dinâmica do capitalismo mundializado. São múltiplos os aspectos que marcaram a trajetória da economia capitalista durante a década de 1990, fruto da transição tecnológica que os novos tempos impunham em escala mundial e que induziram a novas frentes de pesquisa, novos desafios teóricos, novas mediações. Trata-se de uma fase de reestruturação e, sob esse prisma, a equipe analítica da FEE desenvolveu o trabalho A Economia Gaúcha e os Desafios da Reestruturação.

O trabalho coletivo mais recente da Instituição voltado a interpretar os movimentos que afetam a trajetória da economia gaúcha encontra-se na série Três Décadas de Economia Gaúcha, lançado em 2010. É uma investigação sobre o que ocorreu na economia estadual nas últimas três décadas, depois das crises dos anos 1980 e 1990, e das repercussões e mudanças estruturais que decorreram daí.

Além dos estudos coletivos citados, e dos periódicos também citados, a FEE tem publicações não periódicas em forma de livros – que podem ser individuais ou de equipes –, em CD-ROM e na série Documentos, que geralmente publica relatórios de pesquisa.

Em 2007, foi lançada a publicação Textos para Discussão, que veio a ser uma nova forma de veicular o conhecimento produzido, com divulgação exclusivamente on-line.

Todo o conjunto de produtos estatísticos, indicadores e de conhecimento sobre a realidade socioeconômica do Rio Grande do Sul é disponibilizado aos usuários através da Biblioteca e do site da FEE.

Uma preocupação de longa data da Instituição é a de incentivar o aprimoramento do nível acadêmico de seus pesquisadores, e, para divulgar as teses de doutorado mais recentemente por eles produzidas, foi criada a série Teses FEE.

Ao longo desses 40 anos, a instituição construiu um qualificado corpo de profissionais e pesquisadores nas áreas de Economia, Estatística, Sociologia, História, Geografia, entre outras, além das áreas de Tecnologia e de Difusão de Informações.

Atualmente, mais de 40% dos seus profissionais, mais precisamente 44%, possuem título de mestre ou doutor, cujos trabalhos e análises são reconhecidos nacional e internacionalmente.

A instituição oferece também um espaço privilegiado para a atuação e formação de estudantes que queiram engajar-se como bolsistas nas diferentes áreas em que atua.

Eu gostaria de chamar a atenção para o fato de que pesquisadores oriundos da FEE têm-se destacado na área acadêmica e na gestão pública.

O comprometimento da FEE com a tarefa de analisar a realidade socioeconômica e, em especial, a do Rio Grande do Sul, tem sido sistematicamente renovado ao longo de sua trajetória. Os resultados dessa atuação materializam-se no reconhecimento e na presença atuante, que são as marcas registradas da instituição, junto às distintas esferas do poder público e da sociedade gaúcha em geral.

Cumprindo as suas atribuições estatutárias de fornecer subsídios à ação governamental, a FEE soube gerar uma consistente massa crítica sobre a economia do Rio Grande do Sul.

Neste momento de comemoração e de orgulho pelas realizações e conquistas da instituição, é oportuno registrar o reconhecimento pelo dedicado trabalho de toda uma geração de profissionais que agora se aposenta e que contribuiu para garantir um caminho de sucesso para a instituição, enfrentando desafios e superando problemas estruturais.

É oportuno também saudar a nova geração de profissionais, neste momento de renovação do quadro funcional, a quem cabe pensar o futuro dessa instituição no contexto das grandes mudanças econômicas e sociais em curso.

Era isso, então, o que eu tinha para apresentar aos senhores. O Sr. André Scherer, nosso Diretor Técnico, falará sobre atividades mais atuais desenvolvidas pela nossa instituição. Obrigada. (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

(O Ver. Bernardino Vendruscolo assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Obrigado, Dra. Marinês Grando.

O Dr. André Scherer está com a palavra para mais algumas considerações.

 

O SR. ANDRÉ SCHERER: Agradeço a exposição da Marinês. Dado esse panorama bastante completo que foi feito sobre a trajetória da nossa instituição até este momento, nos 40 anos, apenas quero salientar que cada vez mais estamos inseridos em parcerias com as mais diversas instituições em âmbito federal, como IBGE, Ipea, Finep; em âmbito estadual como a Fecomércio, a SEPLAG – Secretaria de Planejamento, Gestão e Participação Cidadã, com a Secretaria da Fazenda, a Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento e com a Secretaria de Políticas para as Mulheres, onde temos, neste momento ampliado o nosso escopo de atuação para outros temas, que não os tradicionais. E em nível municipal, os trabalhos principais seriam o PIB municipal, o perfil tributário municipal em conjunto com a Secretaria da Fazenda, o Índice de Desenvolvimento Socioeconômico dos municípios e a PED – pesquisa de emprego e desemprego. Inclusive temos lançado, neste momento, um livro que traz toda a trajetória do mercado de trabalho de Porto Alegre, em detalhes, nos últimos dez anos, já no século XXI – isso inclusive em parcerias com a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, além do Dieese e FGTAS.

Nesse sentido, quero dizer que a FEE atual também é uma instituição bastante pujante e viva, temos mais de 30 técnicos em treinamento de mestrado e doutorado, neste momento; ou seja, estamos qualificando para o futuro. E estamos prevendo a realização de novos concursos e de novas atividades, cada vez mais importantes neste momento.

Então, agradeço, mais uma vez, em nome dos funcionários da instituição, em nome da diretoria da FEE, da presidência da FEE por esta oportunidade e por esse enorme reconhecimento dado pela cidade de Porto Alegre aos trabalhos da nossa instituição. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Dr. Thiago está com a palavra no período temático de Comunicações.

 

O SR. DR. THIAGO: Caro Dr. André Scherer; cara economista Marinês Grando, que nos brindou com sua apresentação, é uma satisfação, no dia de hoje, receber a FEE que está nos mostrado e demonstrando todo o trabalho efetivo feito pela Fundação nestes 40 anos. Quero fazer uma saudação muito especial ao Presidente, Adalmir Marchetti que sempre nos recebeu lá na FEE com muita cordialidade, com muita simpatia. Eu gostaria de me reportar, só fazendo uma síntese, às atividades realizadas pela FEE que foram aqui bem ditas, mas eu gostaria de reforçar isso. A FEEDados disponibiliza para pesquisa e consulta os indicadores socioeconômicos das diferentes unidades geográficas deste Estado. Eles são importantes na economia, na produção, no entendimento das populações deste Estado, fundamental para um planejamento estratégico correto. Quero destacar os periódicos on-line, as Três Décadas de Economia, os debates. A FEE também é um espaço de discussão aberta e permanente com a sociedade democrática, com toda a sociedade gaúcha, de forma transparente e eficiente. E, sem dúvida, gostaria de destacar o atendimento presencial por telefone, a biblioteca que presta serviço de atendimento ao público externo com estrutura para consultas e sala de estudos com conexão Wi-Fi e o formulário on-line de atendimento que ela disponibiliza para contato e para atendimento. Para que possamos fazer um planejamento correto das ações que devem ser realizadas em todas as áreas, caro Scherer, é fundamental que se possa fazer isso de forma científica e estatisticamente bem elaborada. Eu conversava com o Ver. Comassetto e procurava observar o mapa, o resumo das atividades, e nós observávamos ali a pirâmide etária do País. E o Ver. Comassetto me mostrava e dizia: “Olha, Thiago, eu não tinha essa dimensão de que efetivamente nós estamos tendo uma taxa de natalidade menor”. Efetivamente, estamos tendo uma taxa de natalidade menor. Aí eu dizia que foi importante que, a partir de estudos como esses colocados, e iniciados em processos científicos, nós, por exemplo, nesse quesito, podemos estratificar esses dados, podemos esmiuçar o que efetivamente esses dados dizem, e aí, digo como médico, principalmente uma pessoa que trabalha há mais de treze anos na periferia de Porto Alegre como gineco-obstetra, digo que efetivamente a nossa taxa de natalidade tem diminuído, mas ainda a área da saúde carece dar mais acesso a métodos contraceptivos para que as pessoas possam fazer o seu planejamento familiar. Nós precisamos projetar o futuro, nós precisamos pensar no futuro e só faremos esse tipo de reflexão, meu caro, Gabriel Feijó, a partir de estudos técnicos e científicos, de estatísticas respeitáveis como as que a FEE faz.

Então, parabéns à FEE pelos 40 anos, é um orgulho para esta Câmara Municipal de Porto Alegre poder prestar esta justa homenagem a essa Fundação que tão relevantes serviços presta à comunidade porto-alegrense, metropolitana e gaúcha. Quero parabenizar o quadro técnico da FEE, parabéns pelo seu trabalho! Pessoas ilustres passaram pelos quadros técnicos, a Presidente Dilma já foi estagiária da FEE, já foi Diretora da FEE, a ex-Reitora da UFRGS, Dra. Wrana também já foi dos quadros da FEE. Então, que possamos auxiliá-los para que efetivamente possam executar, cada vez mais, esse trabalho de excelente qualidade para o planejamento estratégico necessário que devemos ter no Estado. Parabéns, vida longa, e que possamos estar aqui daqui a 40 anos para comemorarmos, sem dúvida nenhuma, os 80 anos da FEE. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra no período temático de Comunicações, por transposição de tempo com o Ver. Engº Comassetto.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Agradeço ao Ver. Engº Comassetto pela transposição de tempo no período temático de Comunicações.

Eu não poderia deixar de cumprimentar a Fundação de Economia e Estatística nesses 40 anos de história, trabalho e contribuições fundamentais para o Rio Grande do Sul, para Porto Alegre, para os nossos Municípios, e, ao cumprimentá-los por esses 40 anos de história, ressalto dois aspectos que, para mim, são fundamentais. Primeiro, a qualidade. Eu falava agora com o Diretor Técnico, o André Scherer, e cumprimento também a Marinês, estendendo o cumprimento a todos vocês trabalhadores, profissionais das mais diversas áreas que fazem da Fundação de Economia e Estatística um dos grandes depositórios das informações fundamentais em relação ao trabalho, ao desemprego, às relações geográficas, às relações territoriais, que dizem respeito ao nosso Estado. Ao mesmo tempo, por ser uma instituição com uma característica democrática. Nós conversávamos agora, durante o discurso do Presidente, em relação à abertura das portas que a FEE fez quando vários presos perseguidos pela ditadura militar remontaram à instituição para conseguir guarida, do ponto de vista profissional e também político, em um órgão que faz publicações que qualificam a nossa intervenção.

Eu lembrava, quando estava conversando com o Rafael, do primeiro estudo que fizemos com relação ao desemprego juvenil aqui no Município e na Região Metropolitana, e os melhores dados que conseguimos encontrar foram justamente nas classes trabalhadoras, a evasão escolar em função da entrada no mercado de trabalho e a incidência da precarização do trabalho, ou seja, os trabalhos mais informais e mais precários para os quartis mais baixos de assalariamento foram justamente identificados nos trabalhos de vocês, que publicaram, que pesquisaram, que produziram e que qualificaram, do ponto de vista da busca de políticas públicas e do combate a essa situação de desemprego juvenil, da superexploração do trabalho dos jovens. Assim é também em relação às mulheres, porque a publicação sobre as mulheres no mercado de trabalho e as pesquisas que a Fundação faz em relação a esse tema, qualifica enormemente ainda a luta pela igualdade. Depois de tantos anos de luta das mulheres, nós ainda temos cerca de 30% de salários menores para a execução das mesmas funções dos homens. E quando se leva em consideração as mulheres negras, chega até a 50% a diferença salarial de um homem branco para a execução da mesma tarefa. Isso é a expressão clara do machismo e, por outro lado, do racismo, mas que se comprova com dados reais de pesquisadores que estão lá na ponta, buscando a comparação entre os dados e o fornecimento desses dados para que a gente possa, de fato, combater e, ao mesmo tempo lutar pela transformação, pela igualdade, pelo combate ao machismo, ao racismo. Peguei três exemplos, porque têm a ver com a minha militância, mas nós sabemos dos dados extremamente importantes para a agricultura, para a indústria... Os dados extremamente importantes em relação à necessidade de se avançar nos temas fundamentais de combate às desigualdades, de combate à concentração de riquezas, ao avanço da reforma agrária, à necessidade de avanço dos salários do nosso Estado. Então, eu queria cumprimentar em relação às publicações, ao portal de revistas, à conjuntura econômica. A gente recebe também aqui o boletim sobre conjuntura econômica, que também ajuda bastante a analisar o cenário econômico estadual, nacional e internacional, e a série de debates que é realizado na Fundação. Eu tive oportunidade de participar de dois, mas sei que são sistemáticos os debates promovidos pela FEE e, ao mesmo tempo, a qualificação dos palestrantes e debatedores para temas tão atuais. E aproveito o ensejo também – não poderia deixar de aproveitar a Tribuna –, André, para te cumprimentar, foste meu professor de Economia II, e foi fundamental para ajudar a descortinar a financialização do capital e, ao mesmo tempo, para entender o papel que os fundos de pensão cumpriram neste contexto de finanças mundializadas. Eu quero te cumprimentar, as aulas de Economia II foram fundamentais para entender a econômica. E, como diria Marx, sobretudo, transformá-la. Obrigada. (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

(O Ver. Dr. Thiago reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra no período temático de Comunicações.

 

O SR. ENGº COMASSETTO: Sr. Presidente, prezado André, prezada Diretora, prezados trabalhadores da economia e das estatísticas do Estado do Rio Grande do Sul, um País e um Estado sem a sua memória não tem história. O trabalho que os senhores e senhoras desenvolvem é de primeira grandeza, principalmente para a sociedade brasileira num momento como este em que se vem sofrendo uma transformação, uma metamorfose. Claramente, os números que os senhores e as senhoras trabalham indicam que o País de hoje é diferente do País de dez anos atrás e é diferente do País de 30 anos atrás. Felizmente, para nós, os números que os senhores e senhoras conseguem traduzir em uma afirmação científica vêm, no empenho que temos aqui como políticos, fazer com que as riquezas sejam produzidas, sejam distribuídas, que os direitos e os deveres possam ser socializados. Isso nos remete a um grande desafio. Eu me dava conta, Fernanda, de que nós estamos terminando o ano de 2013. Eu não sei se é porque estamos ficando mais experientes na vida que os anos passam mais rápidos. Este ano foi um ano muito importante para a história brasileira, e nós precisamos entender o que aconteceu e o que continua acontecendo com as grandes manifestações. Eu, junto com os meus colegas Vereadores, principalmente com os do meu partido, o Partido dos Trabalhadores, acompanhamos isso de perto, inclusive fomos para as ruas para conversar, entender, aquela grande massa da juventude que estava nas ruas, grande parte dela é uma massa de juventude que foi incluída nas últimas duas décadas principalmente, porque não tinham direito de estar em uma universidade e que lá passaram a estar; os que não tinham o direito por ser discriminado racialmente foram incluídos pelas cotas, que não tinham acesso a alguns benefícios se deram conta disso. Na democracia não basta termos valores estruturais e físicos, nós temos que conquistar valores como participantes, sermos cidadãos na nossa plenitude. E o trabalho que vocês desenvolvem serve de sustentação para que nós possamos discutir, elaborar, verificar quais os rumos da sociedade.

O Dr. Thiago falava aqui, e eu mostrava para ele os números. Pela primeira vez, pelo menos nos últimos 40 anos, têm nascido menos pessoas. Hoje a faixa de até 10 anos... a pirâmide está invertida; isso quer dizer que a nossa população está envelhecendo. Daqui a 30 anos, se nós não prepararmos políticas hoje, o País não dará conta do seu setor produtivo, da sua estrutura para que possamos ter uma sociedade com os mesmos direitos e os mesmos deveres. O trabalho que vocês executam tem essa grandeza.

Quero registrar aqui outra questão, Ferronato, o senhor, que é da Fazenda. Os trabalhadores do serviço público que ficam quase anônimos e escondidos, entre aspas, porque não estão na interface direta todo dia com os meios de comunicação ou com o público, muitas vezes não são vistos com aquele valor que têm que ter, no sentido de incentivo e investimentos públicos. Quero registrar isso até porque tenho muitos amigos e amigas que lá pela FEE já passaram, outros lá ainda estão.

E eu quero fazer aqui outro registro, Presidente. Vocês aqui têm o privilégio de ter como colega de trabalho a pessoa que é a segunda mulher hoje tida como...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. ENGº COMASSETTO: ...a segunda mulher hoje tida no mundo como fortaleza e, para nós, a primeira no Brasil, que é a Presidenta Dilma. Vocês têm esse histórico no currículo dos relacionamentos dentro de todo um trabalho desenvolvido.

Eu poderia falar muito mais aqui. Outro tema que me atrai muito é fazer a discussão sobre os números e poder discutir teses e sociedades e defender conceitos e traduzi-los na política naquilo que todos nós queremos, que é a igualdade sob o ponto de vista das oportunidades, dos direitos e dos deveres.

Aqui, em nome do nosso Partido dos Trabalhadores, quero desejar a todos um bom trabalho, um grande abraço. No que depender de nós, lutaremos para que os dados continuem fazendo a história mais positiva. Um grande abraço. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

(O Ver. Airto Ferronato assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Airto Ferronato): O Ver. Elizandro Sabino está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. ELIZANDRO SABINO: Sr. Presidente, Ver. Ferronato; nós queremos, em nome da Bancada do Partido Trabalhista Brasileiro – PTB, nos associar às falas já referidas anteriormente; nas pessoas do André e da Marinês, também queremos fazer a nossa referência de parabenização pelo trabalho que a FEE vem desenvolvendo ao longo desses 40 anos – a Fundação de Economia e Estatística, que é uma instituição de pesquisa que desenvolve este relevante trabalho, Ver. Idenir Cecchim, ao longo dos anos. É a maior fonte de dados estatísticos do Rio Grande do Sul: é importante que isso seja destacado, alto e bom som, a maior fonte de dados estatísticos do Estado do Rio Grande do Sul. É importante referir para todos que nos assistem e que acompanham esta Sessão que a FEE dispõe de um importante acervo de informações, pesquisas e documentos de natureza socioeconômica.

Eu quero parabenizar, André, as equipes multidisciplinares que têm, na sua composição, profissionais que realizam estudos e pesquisas que são divulgados regularmente. Olhando para o grupo funcional, eu não poderia deixar de me referir a uma funcionária concursada que eu conheço desde criança – e aí eu vejo que estou ficando velho. A Gisele da Silva Ferreira, que está ali, me faz sentir uma alegria muito grande em poder vê-la, pessoa que conheço há muitos anos – a sua família também, a sua origem – e conheço também a sua competência. Fico feliz de saber que ela está desempenhando uma importante função no Núcleo de Desenvolvimento Regional lá, junto à FEE.

Dessa forma, na pessoa da Gisele, eu parabenizo a todos os funcionários que aqui estão, a todos os profissionais pelo trabalho que têm sido realizado, porque, afinal, são atuações nos mais diversos campos, como informações estatísticas, indicadores na área da contabilidade social – é essa área, por exemplo, que realiza o cálculo anual do PIB – Produto Interno Bruto –, na área de estatísticas e indicadores, que realiza as estimativas, as projeções demográficas do Estado e seus Municípios; na área das pesquisas socioeconômicas. A FEE também atua na pesquisa do emprego e desemprego, o que aqui já foi referido, com muita propriedade, pela Ver.ª Fernanda, a pesquisa voltada à área não somente do emprego, mas também trazendo o índice e o indicador na área do desemprego, com convênios com o DIEESE, com a nossa FGTAS – Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social aqui no Estado do Rio Grande do Sul, realizando, portanto, um levantamento sistemático dos principais indicadores de emprego, desemprego e outras características socioeconômicas da Região Metropolitana.

O que eu quero também destacar aqui é que essas informações são acessíveis a todos, não são guardadas em segredo de Justiça. Essas informações ocorrem de uma forma disseminada, há a disseminação delas, o que ocorre através do Portal FEE, que disponibiliza a rede de dados estatísticos, e de outras formas que eu estarei referindo.

 

O Sr. Idenir Cecchim: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Sabino; um abraço, André. Eu queria dizer, em nome do PMDB, que V. Exa. tocou num assunto importante: os dados estão à disposição da população. Não só isso, mas o mais importante: a FEE e seus funcionários servem independente de qual seja o Governo. A FEE é uma instituição do Estado, e os seus funcionários fazem isso com uma galhardia muito grande. Então, eu queria cumprimentá-los pelo trabalho que desenvolvem e pela seriedade dos números. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. ELIZANDRO SABINO: Muito obrigado, Ver. Cecchim, em nome do PMDB fazendo a sua manifestação com muita propriedade, como sempre. A FEE dissemina esses dados através do portal FEE, da FEEDados, que é, efetivamente, o banco de dados, dos mapas FEE, que possibilitam a visualização espacial dos dados, da biblioteca, que é especializada em temas socioeconômicos.

Portanto, meus queridos, aqui eu quero referir que não são quatro dias, não são quatro semanas, não são quatro meses, não são quatro anos, mas são quarenta anos de trabalho, de vida longa e de sucesso na caminhada. Portanto, parabéns! Sucesso a todos vocês e muito obrigado por nos emprestarem a inteligência, a tecnologia, a sapiência, enfim, tudo o que vocês têm feito em favor da população de Porto Alegre e do Estado do Rio Grande do Sul. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Airto Ferronato): Quero registrar a presença da Sra. Ilma Truylio Penna de Moraes, nossa amiga, Presidente do Sinapers, e dizer da importância de tê-la conosco nesta tarde. Também está presente a amiga Selma Ferreira da Rosa, nossa Vice-Presidente do Sinapers, é uma satisfação tê-la conosco.

O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra no período temático de Comunicações.

 

O SR. MARCELO SGARBOSSA: Boa-tarde a todas e a todos, em especial ao Dr. André e à Dra. Marinês. Eu quero cumprimentar todas as pessoas que trabalham – reconheci de longe o Salvatore, que está lá em cima –, todos aqueles que fazem parte dessa história da FEE: os que estão aqui presentes e os que não estão. Mas, Dr. André, mais do que ocupar este tempo para fazer homenagens – já as faço também –, eu me preocupei em fazer duas... talvez chamasse de provocações, isso muito com base numa trajetória pessoal minha. De militante social e acadêmico, acabei sendo selecionado para um mestrado em análise de políticas públicas, em Turim, norte da Itália, que cursei em 2004, sob a orientação do Professor Luigi Bobbio, filho do Norberto Bobbio. Depois, de volta ao Brasil, todo impulsionado pelos ensinamentos que tive em Turim, percebi o quanto é possível um mundo se tornar, de certa forma, autorreferencial, como é o mundo do Direito, inclusive esta expressão “mundo do Direito”, o mundo que se basta em si mesmo e não dialoga com a sociedade. Também o mundo da Academia, muitas vezes não consegue se relacionar com a sociedade; com mundo da pesquisa, muitas vezes, também ocorre o mesmo, em maior ou menor medida, enfim, isso não é cem por cento para um lado ou para o outro.

Escutando a Dra. Marinês falar em todas as realizações – que eu confesso que desconheço, conheço algumas pela pesquisa, mas, obviamente, não conheço nem as publicações todas –, o meu primeiro questionamento era o quanto isso consegue influenciar no processo de decisão da Administração pública.

Eu me torno um militante partidário e político pela simpatia com o PT, por acreditar nos ideais, mas também, digamos assim, por uma curiosidade acadêmica de estar por dentro desse mundo onde se toma também muitas das decisões, como aqui, dentro do Parlamento, dentro dos Partidos políticos. E eu, nesses primeiros dez meses de mandato – estou no primeiro mandato –, posso dizer para vocês que as decisões são tomadas, não vou dizer totalmente sem dados, mas com base em poucos dados estatísticos. E aqui eu lembro sempre da frase de um dos professores que tive no Mestrado, que “Estatística é torturar os números até fazer eles confessarem”.

Portanto, você também pode aqui trazer um dado estatístico e, dependendo da cor partidária, o sujeito pode, perfeitamente, colocar os dados da forma que ele conseguir interpretá-las, da forma que ele quer interpretá-las. E aí cai o mito também, que eu acho que é importante, da ciência como uma ciência neutra que tem sempre a verdade.

Claro que os dados como os trazidos aqui pelo Ver. Comassetto, que a população está envelhecendo, que estão na publicação de vocês, não dão margem para interpretações. Mas há uma série de outros dados, no julgamento, principalmente das políticas públicas, que você pode dizer se a política foi boa ou não, porque é na eleição dos indicadores que você já dá um pouco a linha no critério que você coloca em cada indicador e assim por diante. Não sei se estou conseguindo me fazer explicar, mas a gente sabe que é possível fazer isso.

Portanto, eu acho que também o poder político tem pouca permeabilidade e deveria ter muito mais, mas também de uma certa forma é importante a gente questionar essa cultura da avaliação das políticas públicas. E, ao avaliar, você precisa dizer se a política está indo bem ou mal. Se nós tivéssemos uma cultura de avaliação mais forte no Brasil, nós poderíamos fazer com que de um governo para outro as políticas fossem mantidas, corrigindo o que foi errado, mas a gente tem uma tradição aqui de jogar tudo fora e começar tudo de novo.

Então, eu estou mais aqui problematizando as questões do que fazendo palavras elogiosas, mas eu quero me colocar à disposição – o mandato, a nossa Bancada – para tentar caminhar mais nesse nível da profissionalização.

Eu vi projetos serem aprovados aqui, na tarde de ontem – e aí já há um posicionamento, foi o caso –, com poucos estudos ou com pouco embasamento, inclusive aquele embasamento que não teria por que um questionamento de fundo ideológico.

Nos colocamos à disposição e, mais uma vez, os parabenizo pelo trabalho realizado. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Airto Ferronato): O Sr. André Scherer está com a palavra para as considerações finais.

 

O SR. ANDRÉ SCHERER: Agradeço, mais uma vez, as palavras elogiosas de todos os Vereadores que aqui passaram. Claro que o Ver. Marcelo nos instiga, e a gente sabe que não temos aqui condições de avançar muito no debate, mas colocando que a FEE está à disposição para o debate permanente, está de portas abertas, e acreditamos estar aqui subsidiando o mundo da política para tomar as suas melhores decisões na medida em que temos essas condições.

Lembro vocês que talvez a Ver.ª Fernanda tenha sido muito elogiosa ao me citar como professor, e eu agradeço a ela que foi uma excelente aluna também.

Então, em nome da direção e dos funcionários da FEE, agradeço esta oportunidade e esta chance de interagir mais de perto com a sociedade porto-alegrense e dizer que para nós foi uma honra receber todas essas palavras elogiosas. Esperamos estar, pelos próximos 40 anos, servindo a sociedade gaúcha e porto-alegrense. Muito obrigado. (Palmas.)

 

 

(Não revisado pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE (Airto Ferronato): Obrigado, André. Registro que eu estava inscrito para falar em meu nome, em nome do PSB, meu Partido, e em nome do Ver. Paulinho Motorista, nesta oportunidade de homenagem aos 40 anos da FEE. Estamos aqui trazendo um abraço, cumprimentando vocês e todos que estão conosco nesta tarde.

Em uma síntese, eu acho que o Marcelo instiga, mas ele nos viabiliza um pequeno raciocínio. Eu, dentre tantas outras atividades no setor público, fui Contador da União, por um belo tempo, e depois também tive a grata felicidade de ter sido contador do Estado. E o produto da contabilidade, em síntese, é o balanço; e o balanço é aquele livro de centenas de folhas, Marcelo, quase beirando a mil ou talvez até passando desse número, e sempre nesses números que nós, elaboradores de balanços, largamos para o contexto da nossa sociedade. Aqui na Câmara, nós temos a Comissão de Finanças e eu, hoje, sou mais uma vez, dentre tantas vezes, o Relator-Geral do Orçamento. Também é um calhamaço de papel cheio de números, códigos, percentuais, valores. E sei também da importância dos números aqui da Câmara. Mas, nós precisamos reconhecer muito e, especialmente, os números que são expostos e apresentados pela FEE, os estudos e as estatísticas que aí se apresentam.

Na Câmara, os números são aqueles em que apresentamos um projeto que destinamos R$ 1 milhão em uma rubrica e 36 Vereadores chegam e retiram alguma parte dessa rubrica e colocam em outra; e todos eles com razão. E todos eles dizem que vão tirar daqui e colocar em uma área “x”, todas de alta relevância. Depois, no contexto geral, nós vamos definir o que vamos ou não aprovar. Se isso acontece no Parlamento, também acontece na sociedade com todo e qualquer resultado que se alcança, porque todos resultados estatísticos viabilizam – entre aspas – uma série de informações econômicas, informações financeiras, sociais; então são dados importantes para aqueles que pensam e leem o balanço; porque, na verdade, milhares e milhares de pessoas leem, porque têm interesse nesses números que nós todos apresentamos.

Por isso, a vocês da FEE que estão conosco nesta tarde de hoje, nesses 40 anos, queremos, em nome de todos os Vereadores, trazer aquele abraço e cumprimentá-los por esse belo trabalho que desenvolvem pela sociedade gaúcha.

Nesse link, FEE, contabilidade, Vereadores, Poder Público, também queremos registrar, porque temos logo mais um evento aqui, patrocinado e de iniciativa da Ver.ª Luiza, que trata do câncer de próstata e todos nós estamos inseridos nesse processo, porque são esses processos e esses números que viabilizam o crescimento do País. Um abraço. Obrigado a todos e, mais uma vez a satisfação de estar com vocês. Obrigado. (Pausa.)

Dando continuidade ao período temático de Comunicações, vamos debater o assunto Combate ao Câncer de Próstata e lançamento do Novembro Azul. Convidamos para compor a Mesa: o Dr. Marcos Ferreira, Urologista.

Senhoras e senhores, também quero registrar a satisfação de estar aqui, presidindo esta Sessão da mais alta relevância, pelo tema que aqui se apresenta. Quero dizer da importância de ter conosco o Dr. Marcos e também de tê-los todos nesta tarde aqui, em que se trata desse tema. Cumprimento a Ver.ª Luiza Neves, que é a proponente, que está capitaneando conosco este momento do nosso plenário, neste dia 7 de novembro. Então, um abraço a todos, e, desde já, passamos a palavra ao Dr. Marcos Ferreira, que tem 20 minutos para fazer sua exposição.

 

O SR. MARCOS FERREIRA: Agradeço o convite da Ver.ª Luiza Neves, proponente deste Período de Comunicações Temáticas para o lançamento do Novembro Azul na Câmara Municipal de Porto Alegre, em especial, antecedendo também o momento em que lançaremos a Frente Parlamentar do Idoso, que será presidida também pela amiga Ver.ª Luiza Neves, que teve duas brilhantes iniciativas neste Legislativo. Eu gostaria de colocar algumas questões também em nome do Instituto Nacional da Próstata, do qual eu sou um dos fundadores e idealizadores. Agradeço também o convite da Presidente, Prof.ª Enilda, dos membros da Diretoria do Instituto; e também a presença do grupo coral Ebenezer, que veio abrilhantar também, com uma apresentação, esse momento – o grupo coral que é da Igreja Assembleia de Deus da Santa Rosa –, agradeço também a presença de todos vocês para esta cerimônia.

O Novembro Azul é um marco dentro da atuação em saúde pública de diversas entidades. O Instituto da Próstata tem orgulho em poder se apresentar como um dos precursores, senão o precursor dessa ação no Brasil.

A Câmara Municipal de Porto Alegre, meu caro Ver. Airto Ferronato, tem sido parceira dessas ações já há longa data. Nós temos ações iniciadas aqui desde o ano de 2005, inclusive quando, dentro desta Casa, saiu a 1ª Semana Municipal de Prevenção e Combate ao Câncer de Próstata, sob proposta do então Ver. Raul Carrion, o que agora já se transformou em uma realidade também no Estado. Nós também, no ano de 2008, apoiamos também a iniciativa na Assembleia Legislativa para que fosse instituída, em nível estadual, a Semana de Prevenção e Combate ao Câncer de Próstata, que hoje já faz parte do calendário não só Municipal, da Secretaria de Saúde, mas também do Calendário da Secretaria Estadual de Saúde. E são iniciativas como essas que trazem à lembrança da nossa população de que homem existe.

Por que é importante falar da saúde do homem? Vamos fazer um histórico em relação a uma situação dos Estados Unidos. Eu convido vocês a fazerem uma viagem ao período que antecedeu um pouquinho a Guerra de Secessão americana, em 1860, quando Abraham Lincoln foi eleito então Presidente dos Estados Unidos em 6 de novembro. Ele tomaria posse em março, e, em 24 de dezembro de 1860, o estado da Carolina do Sul se declara um estado confederado, não mais fazendo parte da união. Por quê? Porque estavam revoltados com a questão da luta antiescravagista do Presidente Abraham Lincoln. E se uniram ao estado da Carolina do Sul mais seis estados americanos, e iniciaram então, a partir dessa data, 24 de dezembro de 1860, a tomada de um forte na Carolina do Sul, que marcou o início da Guerra de Secessão americana – uma guerra, Ver. Comassetto, que ceifou 750 mil vidas de homens. Na 2ª Guerra Mundial, os Estados Unidos contribuíram com mais 400 mil vidas americanas no combate ao nazismo. E depois, avançando um pouco mais na história, quando nós chegamos na guerra do Vietnã, nós temos mais 500 mil soldados americanos enviados para a Indochina, onde 50 mil morreram combatendo. Por que eu usei o exemplo dos Estados Unidos? Porque uma guerra terrível, como foi a do Vietnã, com horrores de todos os lados, uma guerra que ceifou 50 mil vidas em dez anos, serve de comparação para 53 mil vidas, Ver.ª Luiza Neves, que são ceifadas todo ano no Brasil, em acidentes de trânsito – 53 mil vidas são ceifadas em acidentes de trânsito no Brasil! Por ano! A maior parte dessas vidas são vidas de homens, mais de dois terços. Então, vivemos um período de uma guerra do Vietnã, de dez anos, a cada ano! Isso é dramático, isso é terrível!

Então, algo tem que ser mudado na nossa sociedade. Na verdade, toda a história que nos levou a pensar em propor a atenção à saúde masculina veio em cima da temática do câncer de próstata. Por que o câncer de próstata? Porque, assim como a mulher tem o seu símbolo, dentro da atenção e do cuidado com a sua saúde, através das doenças do útero e da mama, o homem tem como seu símbolo a próstata. Próstata só homem tem.

Nós temos no Brasil, na estatística do Inca, que é objeto de críticas dentro do nosso meio acadêmico, uma notificação de 60 mil casos de câncer de próstata por ano, Vereador; dentro das estatísticas da Sociedade Brasileira de Urologia, Ver.ª Luiza, seriam 400 mil casos por ano, porque nós seguimos, durante um período longo de estudo, mais de 15 anos, e observamos, ano a ano, que a incidência de câncer, em homens acima de 40 anos, ficava em torno de 2% dessa população masculina – 2% da nossa população masculina, Ver. Airto, dá em torno de 400 mil homens por ano. Mas, efetivamente, são notificados 60 mil, Ver.ª Luiza, e isso dá menos de 15%. Significa que mais de 85% desses homens com câncer de próstata estão fora da estatística. Isso ajuda a explicar um pouco o porquê se verifica, ainda, no Brasil que mais de 40% dos homens que chegam para o diagnóstico de câncer de próstata chegam com a doença avançada. Nos Estados Unidos esse índice é menor do que 3%; no Brasil é mais de 43% de homens que chegam com a doença avançada. E o homem que chega com doença avançada traz o horror dentro dele, o horror para a família, o horror para o núcleo de amigos, o horror para a sociedade e o horror, até mesmo, para o sistema econômico.

Nós fizemos, na Unimed Porto Alegre – e são mais de 600 mil vidas sendo atendidas pela Unimed Porto Alegre –, um estudo, no período de execução de um MBA, onde nós observamos um gasto em torno de R$ 100 mil por ano em exames de PSA – exame preventivo, básico para a detecção da doença. Esse gasto de R$ 100 mil foi comparado, para um volume de mais ou menos uns 5 mil homens que fizeram esse exame durante esse período de um ano, com o gasto com aproximadamente 300 homens com diagnóstico de câncer, e o custo do tratamento desses 300 homens no tratamento do câncer avançado ficou em torno de R$ 10 milhões. Então, nós falamos de um gasto de R$ 100 mil para prevenção de muitos homens e de um gasto de R$ 10 milhões para a tentativa de manter esses homens com doença avançada vivos por mais alguns meses, na média em torno de 20 meses. E quando a gente busca, na verdade, oferecer um pouco mais de vida para esses homens com doença avançada, nós estamos secando gelo, porque nós sabemos que esses homens vão morrer da doença. Mas nós poderíamos, efetivamente, tê-los curado. Poderíamos ter curado esses homens se nós tivéssemos chegado no momento certo, no momento da prevenção, no momento da detecção precoce.

Então, essa luta que o Instituto da Próstata vem desenvolvendo já há bastante tempo, é uma luta que, graças a Deus, vem agregando pessoas de grande valor na sociedade; temos, hoje, vários amigos que juntam os ombros nessa causa. E queremos agregar cada vez mais porque o objetivo é oferecer mais vida quando a gente fala na questão do câncer de próstata. Efetivamente, há chance de cura, mas nós precisamos chegar no momento certo, e, para chegar no momento certo, só com conscientização, só com informação. E o passo seguinte é que a gente consiga oferecer assistência também para esses homens. É dramático que, em muitas ações que a gente executa dentro de Porto Alegre e fora de Porto Alegre, nós encontramos muitos homens que chegam para nós com exame de PSA muito alterado, muitas vezes sem a chance de fazer um exame de toque, que é um exame tão importante quanto o PSA. Nós estávamos conversando com outro colega que nos perguntou se o exame de PSA era suficiente, e eu disse que o exame do PSA é 80% do nosso diagnóstico. De cada dez homens que nós temos com o diagnóstico da doença – dez homens –, em dois, o exame de PSA é normal. São homens com câncer, cujo exame de PSA é normal. Como é que eu posso chegar a esses dois homens que têm o exame de PSA normal? Através do exame de toque, um exame rápido, um exame de três segundos, um exame simples, mas um exame que é eivado de preconceitos e que na verdade esse preconceito tem ceifado a vida de muitos homens. Por quê? Porque chegam atrasados ao diagnóstico, e, com o atraso, a gente perde a chance de cura – voltamos a secar o gelo. É isso que a gente quer evitar.

Mais uma vez eu quero agradecer este momento, esta oportunidade de falar em nome do Instituto Nacional da Próstata, dizer que as nossas ações hoje já estão alcançando em torno de 100 mil pessoas, por ano, aqui no Estado do Rio Grande do Sul. Estamos já implantando, sob o comando da professora Enilda Ferreira, uma série de núcleos regionais em cidades, municípios da Região Metropolitana e do Interior, e isso acredito vai facilitar o espraiamento dessas ações, e efetivamente a agregação de mais e mais pessoas nessa causa, que é extremamente nobre, a causa de salvar vidas de homens. Por quê? Porque nós temos um déficit de quase uma década de expectativa de vida. Para quem é pai de um menino e de uma menina, saber que o seu menino tem uma expectativa de vida de quase dez anos a menos do que sua filha é algo difícil de suportar, difícil de aceitar. E a gente pode transformar isso. E nós vamos transformar isso com muita informação. Este é o caminho.

Agradeço mais uma vez esta atitude corajosa, Ver.ª Luiza Neves, de propor esse período temático de Comunicações e a aceitação pela Mesa. Muito obrigado, Ver. Airto Ferronato, Muito obrigado a todos. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Airto Ferronato): Vamos assistir agora à apresentação do coral da Melhor Idade Ebenezer, sob a regência das maestrinas Leninha e Estelita.

 

(Procede-se à apresentação do Coral Ebenezer.) (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE (Airto Ferronato): Queremos cumprimentar a bela apresentação do seu coral e dizer que vocês abrilhantam o nosso evento. Ao citá-los, vamos citar a nossa menina de 5, 6, 7 anos que está com vocês bastante atenta a tudo o que acontece conosco. Seu nome é Nicole e também está abrilhantando o nosso encontro aqui.

 Neste momento, aproveitamos para que se instale a nossa Frente Parlamentar em Defesa do Idoso, que terá como Presidenta a Ver.ª Luiza Neves, autora da proposição; como Vice-Presidente, o nosso Ver. Waldir Canal; e, como Relator, o Ver. Mario Fraga.

 A Ver.ª Luiza Neves está com a palavra no período temático de Comunicações.

 

A SRA. LUIZA NEVES: Sr. Presidente, Ver. Airto Ferronato; Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, público que nos assiste pela TVCâmara, em especial, Dr. Marcos Ferreira, querido amigo, conhecedor desta causa, que aceitou o nosso convite para participar, nesta tarde, da campanha do Novembro Azul, Prevenção do Câncer de Próstata. Nós estamos saindo do Outubro Rosa, com um trabalho, através do Imama – estão aqui as queridas companheiras que nos prestigiam –, que fez esse brilhante trabalho do Outubro Rosa. Hoje aqui nós temos o privilégio de estarmos trabalhando e unidos na instalação dessa Frente Parlamentar em Defesa da Terceira Idade, que eu tenho a honra de compartilhar com o Ver. Waldir Canal e com o Ver. Mario Fraga, e estarmos trabalhando aí, realmente, medidas, atividades, ferramentas que venham a minimizar os problemas dessa etapa da vida. Nós sabemos, o Dr. Marcos falou aqui, o quanto o câncer de próstata tem avançado e o quanto é difícil esse convencimento da importância da prevenção, e de que os homens têm esse receio em se cuidar. Eles vivem, em média, dez anos a menos que as mulheres. Então, está aí uma chamada de atenção aos homens para que, realmente, atentem para essa situação que é alarmante não só na nossa Cidade, nosso Estado, mas em todo o Brasil. Eu gostaria de registrar e agradecer a presença das minhas queridas, amadas e amados, ali do Distrito Santa Rosa, Coral Ebenezer, nas pessoas da Irmã Leni, da Estelita, que abrilhantaram esta nossa tarde, com esse lindo louvor, que diz “muito além do sol”. Nós sabemos o que quer dizer esse “muito além do sol.” Eu quero agradecer a disponibilidade de vocês – vieram todos de azul – compartilhando a nossa ideia do Novembro Azul, e que Deus recompense vocês. Nós sabemos que estão sempre dispostos, quando são chamadas, estão presentes, e vocês fazem parte do nosso departamento da Melhor Idade, dali do Distrito Santa Rosa, da nossa Igreja Assembleia de Deus. Obrigada e que Deus abençoe vocês. Também gostaria de agradecer ao Pastor Joãozinho, que é um jovem que coordena o Departamento da Melhor Idade da Igreja Assembleia de Deus de Porto Alegre. Eu vou contar, Pastor Joãozinho, que o senhor tem 98 anos. Esse jovem atuante tem 98 anos e em trabalho efetivo com os idosos da nossa Cidade. Parabéns, e obrigada pela sua presença, Pastor Joãozinho. O Pastor Ragm também nos dá a honra da sua presença. Queremos agradecer à querida Enilda Ferreira, Presidente do Instituto da Próstata, e ao seu esposo que é o nosso querido Édson. Está aqui também acompanhando a homenagem toda a equipe do Inprós. Obrigada. Presentes também o seu Manuel e esposa e as nossas queridas do Imama, que mal saíram do Outubro Rosa e já caem no Novembro Azul. Agradecemos a superintendente do Imama, a Marnia Saraiva, a Clarisse Ludwig, vice-presidente. Também gostaria de agradecer aqui ao Marcus Beck, da Uniclin; do Sinapers, Elisa, do Origon, queria agradecer também ao Instituto da Face, que está nos prestigiando nesta tarde, e a todos que atenderam ao nosso convite para abrilhantar esta quinta-feira temática ressaltando a importância deste tema, o tema da prevenção do câncer de próstata. Ver. Comassetto, ouço V. Exa. com muita honra.

 

O Sr. Engº Comassetto: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Prezada Ver.ª Luiza, prezado Dr. Marcos Ferreira, gostaria de dizer que, cada vez mais, quando tratamos de temas que ainda são tabus e preconceitos na sociedade, queiram ou não, apesar de todo o avanço da medicina, de todo o avanço educacional e cultural, o tema da saúde do homem e principalmente a questão das doenças da próstata merecem aqui o nosso respeito e o nosso apoio. Há poucos minutos, nós debatíamos aqui com a FEE, que mostrava o mapa do Brasil e do Rio Grande do Sul, onde o número de mulheres com mais de 70 anos é quase 20% superior ao número de homens. Certamente uma das causas que ceifa muitos de nós, homens e idosos, são as doenças e, entre elas, a doença da próstata. Eu quero dar todo o apoio a esse trabalho, cumprimentar pela iniciativa, o Dr. Marcos, e cumprimentar também as meninas que ali estão na primavera cantando lindamente. Um grande abraço. Muito obrigado.

 

A SRA. LUIZA NEVES: Obrigada, Ver. Comassetto.

 

O Sr. Alceu Brasinha: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Ver.ª Luiza Neves, quero dar os meus parabéns e ao nosso querido Dr. Marcos pelo excelente e brilhante trabalho que ele defende e quero dizer que, há poucos minutos, estive falando com a senhora que deve estar ali junto, sobre fazermos uma divulgação do Imama lá na Arena, num evento, num jogo. Eu estava falando com o Fernando para nós agilizarmos um jogo para eles entrarem dentro do estádio da Arena para divulgar essa campanha do Novembro Azul. Quero dizer que, se depender do meu apoio, podem ter certeza de que a gente vai batalhar para acontecer essa divulgação também.

Deus abençoe todos vocês e a senhora, que teve essa brilhante ideia.

 

A SRA. LUIZA NEVES: Obrigada, Ver. Brasinha.

O Sr. Delegado Cleiton: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Ver.ª Luiza; Dr. Marcos, quero cumprimentá-los. O Dr. Marcos deve saber: tinha que vir de uma mulher, não é, Dr. Marcos? Até porque quem cuida da saúde da família é ela... Eu vejo até pela minha casa, quando meu pai era vivo, era a minha mãe que o levava para o médico, e hoje a minha mulher é que tem essa atenção de marcar exames e cuidar da minha saúde e de toda a família. Então, tinha que vir realmente de uma mulher. E que todos os homens tenham esse respeito consigo mesmo, aprendam, derrubem qualquer tipo de preconceito, porque acima de tudo está a saúde do ser humano. Parabéns, Luiza; parabéns, Dr. Marcos e parabéns, também, a esse belo coral e às pessoas que se fazem presentes aqui hoje, na abertura dessa Frente Parlamentar da Terceira Idade. Parabéns!

 

A SRA. LUIZA NEVES: Obrigada, Ver. Delegado Cleiton. E eu gostaria de lembrar que o Novembro Azul é uma campanha de conscientização, no mês de novembro, dirigida à sociedade e aos homens sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata e de outras doenças masculinas.

Lembramos que o dia 17 de novembro é o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata e no dia 19 de novembro é o Dia do Homem – tem o Dia da Mulher e tem o Dia do Homem. O Dr. Marcos Ferreira é um especialista nessa área, reconhecido urologista e um amigo nosso. Por que a importância de fazer os exames? Para verificar as condições da sua saúde, para viver bem por mais tempo, com boa saúde, para evitar uma morte dolorosa e precoce, por amor a nós mesmos e a quem amamos, porque a prevenção salva e o preconceito mata.

E por que falar sobre essas doenças? Os homens vivem dez anos menos que as mulheres, que mesmo se cuidando, ainda são vítimas de câncer de mama, de câncer de colo de útero e de tantas outras doenças, apesar de procurarem bem mais o médico que os homens. O homem geralmente responde que está tudo bem com ele e, dificilmente, quer ir ao médico. Então, este mês é, também, específico para chamar a atenção e – por que não –, em especial, dos nossos amigos da melhor idade, aqueles que já passaram dos sessenta anos. E, neste caso, para aqueles que passaram dos quarenta anos, têm que fazer o exame de próstata, sim, porque, a partir daí que é detectada a doença ou não, porque o câncer de próstata é a terceira causa de morte de homens no Rio Grande do Sul, e só através dos exames que essas doenças podem ser diagnosticadas, sem provocar o preconceito entre os homens.

Então, fica aqui a nossa tarde, a nossa quinta-feira temática, chamando a atenção, no momento em que nós instalamos a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Terceira Idade, dos direitos do idoso, com certeza, Vereadores, estaremos somando esforços para que atividades, ferramentas e tantas outras coisas, sejam efetivas nesta Casa legislativa em relação à atenção ao idoso, quando completamos, agora, dez anos do Estatuto do Idoso. Ainda tem muito a ser feito, muito a ser realizado.

Nós sabemos das deficiências em nossa Cidade, e isso poderia ser melhor, eles poderiam ter uma vida mais tranquila, com uma melhor qualidade de vida.

Então, por isso a justificativa da nossa Frente Parlamentar e deste evento, Novembro Azul, instalado nesta tarde.

Sr. Presidente, antes de encerrar, gostaria de informar que, contando com a eficiência do meu gabinete, temos uma lembrançinha para meninas e meninos; e também a Enilda Ferreira, a Presidente do Inprós, que nos pede para divulgarmos a caminhada dos vitoriosos, as meninas do Imama têm a caminhada das vitoriosas, agora, o Inprós realiza a caminhada do vitoriosos neste domingo, no Brique da Redenção, às 9 horas, com a presença de homens e mulheres, eles de azul, pela vitória, para vencer o câncer de próstata. Obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Airto Ferronato): O Ver. Mario Fraga está com a palavra no período temático de Comunicações.

 

O SR. MARIO FRAGA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Boa-tarde e parabéns ao nosso amigo e também colega, pois tivemos o prazer de trabalhar juntos nesta Casa, eu como Diretor, e o Dr. Marcos, na unidade de saúde desta Casa, então eu já sabia da sua trajetória. Parabéns pela sua brilhante palestra! Eu estava falando com o meu colega Delegado Cleiton que a gente foge, e fiz questão de pedir para a assessoria da Ver.ª Luiza colocar esse emblema azul para chamar a atenção na TV – Dr. Marcos, por incrível que pareça, a nossa TV já está tendo um bom alcance. Toda vez em que a gente aparece, passa na Câmara, aqui, e alguém nos vê. Então essa fita na lapela é para chamar a atenção e para nós mesmos nos corrigirmos e atentarmos para esse assunto da próstata. Queria dar os parabéns, mais uma vez, Dr. Marcos, pela brilhante palestra, que, mesmo que nos assuste, é superimportante.

Também passar, agora, à Frente Parlamentar do Idoso, que está sendo instalada neste momento. Quero agradecer e dar os parabéns à Ver.ª Luiza Neves, mais uma vez, que, em tão pouco tempo, Presidente Airto, vem nos surpreendendo a cada momento. Em dez meses de Casa, a Ver.ª Luiza Neves tem inovado e tem feito muita coisa pela nossa Câmara, pela nossa Cidade. E outra coisa importante que eu marquei aqui: nos seus eventos, seja do tipo que for, Ver.ª Luiza, V. Exa. sempre traz um pouco mais de alegria para esta Casa, com seus irmãos e irmãs sempre nos prestigiando com uma música, com uma alegria a mais. E aqui, nesta Casa, a gente precisa dessa alegria, porque nós vivemos um dia a dia muito tenso. A todo momento, tem um problema enorme na nossa Cidade. A Ver.ª Luiza sempre nos propicia uma alegria a mais, Dr. Marcos, ela nunca faz nada sozinha – aliás, ela e todos nós, porque ninguém faz nada sozinho –, ela traz os seus amigos, as suas amigas para cá, em especial os da sua igreja, os seus irmãos, que nos dão sempre essa alegria de cantar e de transmitir felicidade. E, hoje, ainda faz mais – não é, Ver.ª Luiza Neves? –, traz o pastor, com 98 anos, a esta Casa. Então eu fico muito contente pelo convite da Vereadora e da Frente Parlamentar, que será composta pela Presidente, Ver.ª Luiza Neves; pelo Vice-Presidente, Ver. Waldir Canal, com quem terei o prazer de trabalhar junto, mais uma vez. Eu serei o relator e espero que possa passar alguma coisa, Ver. Elizandro, para a nossa Prefeitura Municipal de Porto Alegre, através do seu Departamento do Idoso, e que o idoso tenha, daqui para frente, Ver.ª Luiza Neves, depois dessa sua brilhante ideia, muito mais cuidados. Espero também chegar, no mínimo, aos 98 anos do Pastor, ali naquela casa, mas não esquecendo – não é, Dr. Marcos? – de fazer os exames rigorosos. Na verdade, eu me penitencio porque eu não faço rigorosamente como deveria ser, mas já fiz, é um exame complicado para nós, homens, porém eu sou obrigado a fazer. Pretendo, Dr. Marcos, com essa sua palestra, fazer mais um ainda este ano.

Eu quero agradecer, mais uma vez, e dar os parabéns à Ver.ª Luiza Neves por esta iniciativa, e ao público da Ver.ª Luiza Neves, que sempre traz essa alegria para Casa. Obrigado, saúde e paz para vocês! (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Airto Ferronato): Registramos a presença do Sr. André Canal, que é o nosso Secretário Municipal Adjunto da Secretaria do Idoso, e convidamos para fazer parte da Mesa, já agradecendo a sua presença na tarde de hoje. (Pausa.) Convidamos também a fazer parte da Mesa a Sra. Rosa Rutta, Superintendente do Imama.

O Ver. Waldir Canal está com a palavra no período temático de Comunicações.

 

O SR. WALDIR CANAL: Sr. Presidente, Ver. Airto Ferronato; quero cumprimentá-lo e cumprimentar também o nosso palestrante, Dr. Marcos, que, com bastante conhecimento e propriedade, traz para nós, aqui nesta Casa, e para aqueles que nos assistem em casa esse importante assunto que é a questão da próstata, o câncer de próstata, os problemas do homem. Cumprimento, também, a Ver.ª Luiza Neves, que propõe esta homenagem. Quero dizer que este é um momento importante de reflexão, é um momento importante em que estão aqui militantes da causa, que trazem para nós a realidade que estamos vivendo hoje em dia. É o Secretário do Idoso que está aqui, a representante do Imama, que também está aqui conosco, que têm enfrentado, no dia a dia, essa questão que diz respeito à vida, ao ser humano. A longevidade é um dom. Viver muitos anos, viver com qualidade de vida depende de nós. Já dizia a canção: “É preciso saber viver”. Para saber viver, é preciso se prevenir, é preciso buscar ajuda, é preciso viver desfrutando aquilo que a Medicina também nos ajuda a prolongar, os nossos anos de vida. A dificuldade que muitas mulheres enfrentam dentro de casa para fazer os seus maridos irem ao médico, fazer um exame é muito grande. Os próprios homens têm dificuldade de lidar com o assunto. Existem muitos mitos, existem muitas histórias, e existe a questão do machismo, que impede de se pensar, em primeiro lugar, na saúde. Acho que, nessa questão da próstata, que é uma situação própria do homem, absolutamente nada pode justificar a ausência de um acompanhamento médico, de um tratamento e da prevenção, porque, se for diagnosticado com antecedência, tem grandes chances de o homem ser tratado, de se recuperar, de levar uma vida normal, enfim, é necessária atenção para esse assunto.

Com respeito à questão dos idosos, a Frente Parlamentar que se propõe aqui nesta Casa vem em boa hora. Porto Alegre é uma cidade com mais de 200 mil idosos, é a principal cidade do Brasil quando se fala em idosos. O nosso bairro, o Menino Deus, já ultrapassou o bairro mais tradicional do Brasil em habitantes idosos, que era Copacabana, no Rio de Janeiro. Hoje o bairro onde habitam mais idosos no Brasil é o bairro Menino Deus, aqui em Porto Alegre.

Nós estamos envelhecendo, o País está envelhecendo, é um processo de envelhecimento. O Brasil está avançando através da Medicina, através de muitos outros fatores na questão da longevidade das pessoas, então, se vive mais. Ser idoso não é ser doente, pelo contrário! O idoso é uma pessoa normal como qualquer outra. Precisa de alguns cuidados? Precisa, mas ser idoso não é ser doente. Ele precisa de oportunidade de trabalho, de convivência, investimento, políticas públicas. Em Porto Alegre, nós tivemos um avanço importante, que foi a criação da Secretaria Adjunta do Idoso para tratar dessa questão. A mulher tem o seu espaço na sociedade, a criança, o adolescente. E o idoso? O Estatuto do Idoso tem dez anos e, infelizmente, ainda não é cumprido na sua totalidade. Precisa de ajustes, precisa ser respeitado, o idoso precisa...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. WALDIR CANAL: ...o idoso precisa ser respeitado, assim como as leis que foram feitas para os idosos precisam ser respeitadas e ser cumpridas.

Quero dizer, Ver.ª Luiza, que estaremos junto com a senhora, ajudando, auxiliando, acompanhando, indicando ações que venham atender a essa parcela importante da sociedade que são os idosos, que estão aí muito ativos em todas as áreas da sociedade, produzindo na questão financeira, no turismo, emprestando a sua sabedoria, a sua vivência não só para dentro de casa, para os netos e bisnetos, mas também para a sociedade. Nós vemos aí um evento importante, que é a Copa do Mundo, e existe ali a necessidade...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. WALDIR CANAL: ...Para concluir, existe ali um trabalho importante realizado pelos idosos no mundo inteiro e, aqui no Brasil, não será diferente.

Então, nós queremos estar juntos. Parabéns a todos vocês, parabéns às senhoras e aos senhores que estão aqui hoje! É um desafio que a Câmara de Vereadores de Porto Alegre saia à frente para levantar esse assunto, buscar soluções e apontar problemas, mas, acima de tudo, para ser parceira. Deus abençoe a todos. (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Airto Ferronato): Quero convidar o Ver. Waldir Canal, nosso Vice-Presidente da Comissão para que faça parte da Mesa.

O Ver. Elizandro Sabino está com a palavra no período temático de Comunicações.

 

O SR. ELIZANDRO SABINO: Sr. Presidente, Ver. Ferronato, nós estamos hoje, nesta Casa, tratando de dois temas extremamente importantes, primeiro sobre a questão do câncer de próstata, que está aqui muito bem representado pelo Presidente do Instituto Nacional da Próstata, Dr. Marcos Ferreira, por quem temos profunda admiração. Para falar sobre este tema é importante referir o que aqui já foi dito pelos demais colegas a respeito do trabalho pioneiro que teve o seu início através do Outubro Rosa, do combate ao câncer de mama. Aqui está a Rosa, do Instituto da Mama, eu tive a felicidade de participar da última caminhada, juntamente com minha esposa, a Tanise. A minha esposa é Presidente do PTB Mulher, aqui no Município, e estivemos juntos naquela linda mobilização. Chamou-me muita atenção a mobilização das mulheres. Então, quero parabenizar o Imama pelo trabalho pioneiro. E agora vem a caminhada dos vitoriosos, Dr. Marcos, através do Novembro Azul, que realmente é uma necessidade que se impõe.

Nós tivemos recentemente, há poucas semanas atrás, o Seminário do PTB, na sede do PTB, em que o Dr. Marcos Ferreira esteve palestrando para nós, falando sobre a saúde do homem, e o Dr. Goulart, que é o nosso colega do PTB, falando sobre a saúde da mulher. O Dr. Marcos nos trouxe dados que são extremamente importantes, como, quando descoberto no início, o câncer de próstata tem de 90% a 95% de chances de cura; esse dado me chamou muita atenção. Outro dado é que Porto Alegre é a Capital com maior incidência de câncer de próstata. Então, no Brasil, Porto Alegre é, efetivamente, a Capital com maior incidência de câncer de próstata. Então, é necessário, justamente, um trabalho de conscientização e de prevenção, Ver. Canal, um trabalho que termine com preconceitos que culminam, muitas vezes, com a morte, e que realmente enfrente, Ver. Alceu Brasinha, essa questão, que é uma situação de saúde pública.

Eu quero aqui, primeiro, enaltecer, portanto, essa iniciativa de hoje estar tratando deste tema: a questão do câncer de próstata. Parabenizo o Dr. Marcos pela palestra, fazendo coro com o que o Ver. Waldir Canal, a Ver.ª Luiza Neves, o Ver. Mario Fraga e outros Vereadores aqui falaram.

Agora, também quero referir que hoje é a instalação da Frente Parlamentar da Terceira Idade e aqui também parabenizar a iniciativa desta composição, deste trio: Luiza Neves, Mario Fraga e Waldir Canal, que estão na vanguarda dessa ação tão especial e tão bonita, que é a terceira idade. E, ao olhar para o coral Ebenezer, que aqui está, na composição aqui das maestrinas, a minha querida Leninha e a Estelita, que lança um CD dentro de poucos dias, também olho aqui a Estersinha, que é mãe do meu querido Elton, o Luiz Fernando Nunes, enfim, de todos vocês que estão aqui. Vocês vêm abrilhantar esta festa, como já foi dito pelos colegas Vereadores aqui, trazendo alegria para nós aqui, nesta tarde tão especial. As irmãs que compõem o coral do ciclo de oração do distrito de Santa Rosa, da nossa querida Igreja Assembleia de Deus – no outubro passado, nós fizemos aqui, comemoramos nesta Casa 89 anos de aniversário da Igreja Assembleia de Deus.

Eu acho que a instalação da Frente Parlamentar da Terceira Idade não teria maior referência do que a pessoa do pastor João, Luiza Neves, quando você o trouxe aqui. O Pastor João Rodrigues frequenta esta Casa desde 1996, pelo menos, quando o meu pai era Vereador, não é, pastor João? E o pastor João vinha orar com o meu pai, o pastor Eliseu Sabino, ficava no gabinete, orava com o pai desde 1996. Então, não tem maior representação do que a figura do pastor João.

Portanto, meus amados, eu quero aqui, para finalizar a minha fala, Dr. Marcos, neste momento destas duas composições, da instalação da Frente Parlamentar do Idoso e da conscientização do combate ao câncer de próstata, dizer que, quando aqui foi referido que o número de pessoas que morrem é comparado ao de uma guerra, é necessário que estabeleçamos uma guerra contra o câncer de próstata, assim como tem sido feito na guerra contra o câncer de mama. Muito obrigado, parabéns a todos vocês. Deus abençoe a vocês. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Airto Ferronato): Parabéns pelas exposições. Convido a Ver.ª Luiza Neves, Presidente da Frente Parlamentar de Defesa do Idoso para entregar ao Dr. Marcos Ferreira um Certificado de participação na tarde de hoje.

 

(Procede-se à entrega do Certificado.)

 

O SR. PRESIDENTE (Airto Ferronato): O Sr. Marcos Ferreira está com a palavra para as considerações finais.

 

O SR. MARCOS FERREIRA: Quero agradecer, mais uma vez, esta iniciativa da Câmara Municipal de Porto Alegre, na pessoa de seus Vereadores e, em especial, da Ver.ª Luiza Neves, que foi a proponente deste Período Temático de Comunicações, principalmente pela oportunidade que nos deu de trazer a temática do câncer de próstata e da saúde do homem para, mais uma vez, ser lembrado dentro deste ambiente legislativo, um ambiente que tem apoiado desde o primeiro momento todas as nossas iniciativas em prol da saúde masculina, através, inclusive, de legislações próprias de apoio à legislação municipal. Nesse sentido, é uma grata satisfação ver que muitos anos após, estamos fechando oito, nove anos de atuação conjunta, colocando frutos dessa atividade; inclusive, em 2009, Ver.ª Luiza, nós tivemos a participação na elaboração e na aprovação da Política Nacional da Atenção Integral à Saúde do Homem. Isso foi um marco importante dentro dessa vitória. O Brasil passou a ser o segundo país com legislação própria para a saúde masculina, Ver. Mario, comparado ao Canadá, que era o primeiro país. Então, somos o segundo país com uma legislação, com uma política de saúde para o homem. E, nesse sentido, a política de saúde do idoso vem a corroborar mais ainda para que a gente possa levar aos nossos idosos, aos nossos homens na melhor idade junto com as nossas mulheres na melhor idade a efetivamente aproveitarem esses anos tão frutíferos de suas vidas e efetivamente participarem da sua vida em comunidade, em família. Muito obrigado por esta oportunidade. Agradeço, em especial, ao Prof. Edson e à Prof.ª Enilda, que conduzem com brilhantismo todas as ações do Instituto da Próstata, em especial à Prof.ª Enilda, que é a Presidente efetiva – eu sou só o Presidente de Honra. Muito obrigado, um abraço. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Airto Ferronato): Antes de encerrarmos este momento da Sessão, queremos registrar a importância da presença do nosso Imama, do Inprós e do Sr. André Canal, Secretário Adjunto do Idoso. Quero deixar uma pequena mensagem neste momento tão importante para a nossa Câmara de Vereadores, cumprimentar os condutores dessa Frente e registrar aquilo que tenho falado há bastante tempo: no Brasil, se instituiu, num determinado momento da história, os estatutos, e se criaram diferentes estatutos, o da criança, etc., e, depois de uma grande luta, se criou o Estatuto do Idoso. Imediatamente após a passagem dos estatutos, começaram a se criar fundos. Hoje, temos uma referência, quando se fala em fundos financeiros, que é o Fundo da Criança e do Adolescente, pela importância que tem. E hoje todo cidadão sabe: “Bom, vamos contribuir para o Fundo da Criança e do Adolescente” – o que é bastante importante.

Porto Alegre tem o primeiro Fundo Municipal do Idoso, o primeiro no Brasil. Foi sugestão apresentação minha. Vocês votaram favoravelmente. Quero dizer que hoje esse fundo existe, mas ele é muito pouco falado, e se não se fala dele, ele não recebe contribuições.

Por exemplo, o Fundo da Criança vem descontado em contracheque de servidores públicos em final de ano. O próprio Estado, o Município e a União informam: contribuam para o fundo.

Penso que neste mês azul, novembro, temos que buscar conquistar essa questão de contribuição para o Fundo do Idoso no Município de Porto Alegre. Seria uma conquista interessante.

Citando outro exemplo, para a criança e o adolescente, o próprio Governo do Estado – e eu sou funcionário do Estado – paga, e, depois, no ano seguinte, desconta – vejam que belíssimo instrumento que se tem para dar um toque especial a isso. Quero deixar essa mensagem, dizer que importância que têm essa comissão, essa frente e a presença de todos vocês aqui. Obrigado. Vamos suspender os trabalhos para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 17h36min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Airto Ferronato – às 17h37min): Estão reabertos os trabalhos.

O Ver. Mario Fraga está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.

 

O SR. MARIO FRAGA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, Ver. Reginaldo Pujol, em especial, Ver.ª Luiza Neves que fez esta brilhante homenagem hoje, a instalação desta frente. O Ver. Airto Ferronato fala no Fundo Municipal do Idoso que talvez eu comece o meu relatório por esta história do Fundo Municipal do Idoso. Mas veja como são as coincidências, na verdade eu ia falar de um assunto só do Governo, e aí meu partido já tinha usado a liderança, que era minha hoje e o Ver. Airto Ferronato, Líder do Governo, cede para o Vice-Líder do Governo, que é do PDT, eu, Ver. Mario Fraga. Ver. Pujol, por isso eu disse que V. Exa. ia gostar do assunto. Este assunto começou no dia 20 de fevereiro, quando deu um temporal em Porto Alegre e causou enormes prejuízos à Cidade de Porto Alegre, inclusive no conduto Álvaro Chaves.

Mas a minha história é por eu ser do Extremo-Sul, Ver. Pujol, lá na Estrada Juca Batista que desde aquela época ficou intransitável. A meu pedido e a pedido de outros vereadores do Extremo-Sul, principalmente, o Ver. Mauro Zacher foi fazendo uns tapa-buracos e uns reparos. Então a notícia hoje, Ver. Airto Ferronato, Ver. Reginaldo Pujol, que tanto conhece aquela região e a Ver.ª Luiza Neves que tem ido para lá, agora, a Belém Novo. Seguidamente ela me telefona dizendo: “Posso entrar, Vereador, em Belém Novo?” Pode entrar, Vereadora. A Casa aqui, todos participam da nossa comunidade, então, amanhã o Ver. Mauro Zacher, Secretário Municipal de Obras, dá a ordem de serviço de repavimentação de toda a Estrada Juca Batista, da Av. Edgar Pires de Castro até Belém Novo. Então, uma notícia de Governo, uma obra de R$ 3 milhões que será feita em duas etapas. Uma luta deste Vereador, com certeza. Eu lutei muito por isso. Há outros Vereadores que me ajudaram, com certeza, principalmente os Vereadores que atuam na região, mas a minha luta, em especial, porque o Ver. Mauro Zacher faz parte do relacionamento pessoal meu como amigo – o Mauro Zacher, sua esposa Anete e seu filho Leonardo –, nos meus pedidos e a pedido dos outros Vereadores, amanhã, começa essa obra que tanto esperávamos para a Zona Sul. Agradeço ao Líder do Governo, Airto Ferronato, e ao Vice-Líder, Reginaldo Pujol, por ter usado este tempo de Governo, um tempo de Governo que era meu, que era de toda esta Casa, mas, em especial, da Cidade de Porto Alegre. Nós, lá do Extremo-Sul, agradecemos ao Prefeito José Fortunati, que autorizou o Secretário Mauro Zacher a iniciar as obras de repavimentação da Av. Juca Batista. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Airto Ferronato): Visivelmente, não há quórum. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 17h40min.)

 

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